Equipe do Grupo Leforte atinge a marca de mil transplantes de pâncreas

A equipe do Grupo Leforte, unidade Liberdade, em São Paulo (SP), acaba de atingir a marca inédita na América Latina, com a realização de mil transplantes de pâncreas. O procedimento foi realizado em uma paciente de Ribeirão Preto, que há 17 anos tratava o quadro de diabetes tipo I e vinha realizando hemodiálise, em razão do comprometimento dos rins. Com esse nível de gravidade, foi realizado um transplante combinado de pâncreas e rim, indicado para esse tipo de casos.

“Além da liderança na América Latina, conseguimos chegar a um número total de procedimentos que só foi alcançado até hoje por dois centros especializados ao redor do mundo. Sem dúvida, somos hoje uma das instituições mais ativas nessa área”, afirma o Dr. Marcelo Perosa, coordenador da equipe de transplantes do Grupo Leforte. “A equipe representa o programa mais ativo do mundo em transplantes pancreáticos nos últimos três anos.”

O desempenho do Grupo Leforte se deve a um posicionamento ativo da equipe, mesmo na fase de isolamento social, com a implantação de teleconsulta e manutenção dos atendimentos ambulatoriais. Além disso, a captação de órgãos, com a organização de uma logística complexa, abrangendo todo o País, foi fundamental para o crescimento.

Transplante é indicado para alguns casos de diabetes tipo I

O transplante de pâncreas é recomendado para casos de diabetes tipo I grave, já com complicações secundárias da doença como retinopatia, neuropatia e nefropatia. O diabetes tipo I responde por 10% dos casos de diabetes e é causado pela incapacidade do pâncreas em produzir insulina. Após tempo médio de 20 a 25 anos de doença, cerca de metade dos diabéticos tipo I desenvolverão as complicações secundárias.

As três modalidades de transplantes de pâncreas são: 1) Transplante de pâncreas-rim simultâneo para diabéticos tipo I já em diálise ou na iminência de tratamento dialítico; 2) Transplante de pâncreas após rim para diabéticos tipo I já transplantados renais; 3) Transplante de pâncreas isolado para diabéticos tipo I ainda com função renal preservada mas com padrão hiperlábil, caracterizado principalmente por hipoglicemias sem sintomas, comas e convulsões frequentes, apesar de diversas tentativas de tratamento conservador com insulina exógena.

“O paciente entra diabético na sala de cirurgia e sai de lá sem Diabetes”, conta o Dr. Perosa.

1000 transplantes de pâncreas: uma marca reconhecida internacionalmente

Apenas dois serviços no mundo atingiram a marca dos mil transplantes de pâncreas, na Universidade de Minnesota e Wisconsin. “O número anual de transplantes de pâncreas ao ano é bem inferior aos de rim ou fígado. Poucos centros realizam mais do que 20 por ano. Com o nosso volume anual, acima de 50 procedimentos, alcançamos esta marca de mil transplantes mais rapidamente. Este número muito nos honra e tem o reconhecimento da comunidade internacional”, diz o Dr. Perosa.

Redação

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