Esperança para pacientes: Nova droga contra o câncer de mama é aprovada pela Anvisa

O estudo publicado no The News England Journal of Medicine, anunciou a chegada do Trastuzumabe-Deruxtecan, uma nova terapia biológica para o tratamento do câncer de mama metastático HER2 positivo. A nova droga se apresenta como uma revolução mundial no combate a esse tipo de câncer altamente agressivo, significando esperança de melhor sobrevida da paciente. A nova droga será tema de debate no Congresso Brasileiro de Mastologia que acontece entre 20 e 23 de abril, no Centro de Convenções de Salvador (BA).

Coordenador do Serviço de Mastologia e Pesquisa Clínica do Hospital Conceição, no Rio Grande do Sul, o mastologista Dr. José Luiz Pedrini, que também é Diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia, explica que o HER2 positivo é um tipo mais agressivo do câncer de mama e que incide em 20% das mulheres. “Esse medicamento traz uma nova esperança para aquelas mulheres que têm a doença, as que têm o retorno da doença após o tratamento inicial e para aquelas que já realizaram inúmeros tratamentos sem sucesso.”, afirma Pedrini.

Segundo ele, a droga é o somatório de uma vacina carregada com um quimioterápico chamado deruxtecan que, adicionado ao trastuzumabe, se gruda na célula doente e a destrói. “E o melhor: os efeitos colaterais são bem controlados, fazendo com que a mulher tenha uma melhor qualidade de vida com menos reações adversas, como, por exemplo, menor queda dos cabelos e menos dores no corpo, cansaço e toxicidade geral que, por vezes, a impede de continuar o tratamento”, explica o mastologista.

Antes de realizar a nova terapia, a paciente deve passar por exames de rotina e só depois é ministrara a terapia com a substância Trastuzumabe-Deruxtecan a cada 21 dias, por tempo indeterminado. Ao todo, o procedimento leva em média 30 minutos.

Dr. Pedrini é o único mastologista brasileiro que participou da coordenação do estudo que apontou redução de até 70% da doença em pacientes metastáticos. “Os resultados mostraram que esse tratamento respondeu melhor e é menos tóxico”, comemora o mastologista, acrescentando que representa um grande passo em favor da paciente, com resultados tão surpreendentes que estevam acima das expectativas dos cientistas.

Ele lembra ainda que novos estudos já foram iniciados com outros tipos de câncer de mama. “É o maior impacto já visto neste tipo de doença, sinalizando novos caminhos no entendimento dela. Novos rumos”, conclui o Dr. Pedrini.

Redação

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