Um estudo desenvolvido por uma equipa multidisciplinar, na qual quem lidera é o neurocientista luso-brasileiro Dr. Fabiano de Abreu Agrela, revelou como a neurociência pode tomar a frente no desenvolvimento de tratamento dos transtornos depressivos.
O estudo foi desenvolvido através da Logos University International, UniLogos (EUA) com iniciativa do médico Dr. André Leandro K. Castanhede, pelo departamento de Ciências e Tecnologia dirigido pelo PhD em neurociências e mestre em psicologia Dr. Fabiano de Abreu Rodrigues, pelo neurocirurgião, Paulo Fernando Lopes e pela enfermeira Dias Alves e Margieli dos Reis Alves.
O artigo, publicado pela revista Cognitionis, foca na possibilidade de a neurociência começar por liderar a forma como são tratados os transtornos depressivos sendo, que para tal, e segundo os autores, é necessário entender que o transtorno neurobiológico da depressão, é tema dos estudos no sentido de decifrar a mente humana, observando a complexidade do Sistema Nervoso Central.
Segundo os autores, estudos como este dão grandes passos e são muito “importantes para a aproximação dos campos da neurociência ao da psiquiatria.”
Como refere Abreu, “não se pode perder a dimensão crítica dos achados encontrados durante a pesquisa, havendo várias questões e controvérsias que ainda continuam em aberto. Devido a isso, ainda é necessário avançar em tratamentos melhores, mais rápidos e eficientes para que a neurociência possa, de fato, ser ativa nesse quesito.”
De acordo com a pesquisa realizada, os estudos de terapias como a EDMR, que induz a estimulação seletiva dos hemisférios cerebrais, região onde se encontra armazenada a memória das lembranças dolorosas, estão ganhando atenção durante esse processo na avaliação dos transtornos, principalmente por proporcionar alívio.
Desse modo, os autores explicaram que também se torna válida a análise e o aprofundado estudo das medidas integrativas, como, por exemplo, terapias EDMR e possíveis tratamentos homeopáticos dentre outros.
“No entanto, vários aspectos estão sendo compreendidos pelos clínicos e cientistas, permitindo uma melhor compreensão do estado crítico nos transtornos de humor e abrindo caminhos para a busca de técnicas mais eficazes de diagnóstico, tratamento e prevenção de eventuais sequelas cognitivas nos pacientes”, diz a conclusão do artigo.