Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) avaliou 186 indivíduos hospitalizados com Covid-19 moderada ou grave que tinham menos força e massa muscular e tenderam a permanecer menos tempo internados.
Para fisioterapeuta Cadu Ramos, da capital paulista, os resultados que sugerem que a quantidade de massa muscular no corpo pode ajudar a diminuir o tempo de internação pela Covid-19 vão ao encontro do que já se sabe sobre a fisiologia humana de que um corpo rico em massa magra já é, naturalmente, mais forte para combater todas as doenças de modo geral.
Com a falta de atividade física e o passar dos anos, é natural que o corpo perca musculatura, é a chamada sarcopenia que pode se agravar pelas alterações hormonais e fisiológicas do envelhecimento e do estilo de vida. “Má alimentação, sedentarismo, depressão, doenças e infecções levam ao declínio da musculatura de forma mais acentuada. Por isso é de extrema importância ter atenção a alguns sinais como o peso corporal, perda da força e do desempenho físico para realizar até atividades simples do dia a dia. Tudo isso pode ser sinal de perda muscular”, alerta o especialista.
Para Cadu, outro grande perigo é que essas condições aumentam o risco de quedas e fraturas. “Atividade física de hipertrofia, com ganho de massa muscular, e orientada de acordo com as limitações e peculiaridades de cada um é a saída para que os exercícios sejam realizados de maneira segura e eficaz para manter a saúde em dia”, finaliza o fisioterapeuta.