A Aspen Pharmacare emitiu um comunicado afirmando que, caso os testes realizados com a vacina da Johnson & Johnson sejam frutíferos e aprovados pelas autoridades internacionais de saúde, irá produzir em seu parque fabril, na África do Sul, a vacina para a empresa norte-americana.
“A fabricação da vacina deverá ocorrer nas instalações em Port Elizabeth, na África do Sul, aonde está nosso maior parque fabril. Neste espaço a capacidade de produção anual será de 300 milhões de doses. O acordo está ainda dependendo da conclusão de alguns acertos para as condições comerciais de fabricação”, explica o CEO da Aspen Pharma no Brasil, Alexandre França.
Stephen Saad, chefe executivo da Aspen Global, afirmou que a empresa investiu mais de 3 mil milhões de rands (158,7 milhões de euros) na suas instalações sul-africanas, tendo um histórico de fornecimento de medicamentos para o tratamento do HIV/sida e da tuberculose. “Investimos globalmente na nossa capacidade estéril e estamos determinados a ter um papel na produção de vacinas”, disse o dirigente.
A vacina candidata da Johnson, a Ad26.COV2.S, é uma das quatro que receberam autorização para testes de fase 3 (a última) no Brasil.
Ainda não há previsão para que o acordo seja estendido para a fabricação no Brasil. “Mesmo assim essa é uma decisão importante tomada pela global e que impacta positivamente todas as filiais. Assim, conseguimos mostrar todo o potencial da nossa capacidade produtiva além de contribuir em um momento tão delicado da história mundial”, conta França.