Fiocruz cria rede de inteligência cooperativa para o combate à pandemia com o uso do Microsoft Teams

Com o objetivo de otimizar a distribuição de informações e conhecimento sobre formas de combater a pandemia de Covid-19 no Brasil, a Fiocruz, em Brasília (DF), criou uma rede de inteligência cooperativa usando a plataforma Microsoft Teams. O foco principal são profissionais de Atenção Primária à Saúde, porta de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde). A instituição brasileira de pesquisa e desenvolvimento tecnológico voltada à saúde e de formação para o SUS está utilizando o Teams para reunir pesquisadores, residentes, orientadores, profissionais de saúde e comunidades.

O projeto foi idealizado pela Fiocruz Brasília em parceria com as Secretarias de Saúde e de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, a Universidade de Brasília (UnB), além da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal. De acordo com Wagner Martins, coordenador de gestão estratégica da Fiocruz Brasília, a iniciativa começou como forma de interação entre as especialidades de saúde e entidades governamentais, além de manter orientações para uma equipe de residentes multiprofissionais de saúde, com cerca de 200 médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, entre outros, que estão atuando nos atendimentos primários das unidades de saúde no DF. “A rede visa compartilhar informação correta e em tempo real sobre o contágio, diagnóstico, tratamento e formas de prevenção à doença. Este conhecimento nos auxilia no combate ao Covid-19 ao unificarmos diferentes frentes, desde os próprios médicos, até a mídia e a sociedade”, comenta.

Perguntas dos residentes como “A água sanitária é um substituto para o álcool em gel?” ou “Qual é a interação entre a Dengue e o Covid-19?” são repassadas para os pesquisadores epidemiológicos e de saúde da Fiocruz, que atuam com metodologia da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde). Eles são responsáveis por endereçar as respostas em um prazo de até 24 horas com base em estudos científicos já publicados. Ainda, orientadores são responsáveis por dar suporte a estes profissionais da saúde e utilizam o Teams como hub de comunicação.

Atualmente, a rede de inteligência cooperativa criada pela Fiocruz conta com médicos, enfermeiros e psicólogos de 182 unidades de saúde do Distrito Federal, que são divididos em canais específicos dentro do Teams, facilitando a organização. Além disso, estão sendo criados comitês populares em cada uma das 31 regiões administrativas com o intuito de levar informação para os territórios e conter o avanço do contágio. A organização deles no Teams é feita pela equipe “Radar de Territórios”, na qual todos os comitês são divididos por canais específicos. Ao todo, espera-se ultrapassar 5.000 pessoas formando equipes na plataforma para compartilhar documentos, otimizar a comunicação via chats e videoconferências.

O projeto está em expansão e, em uma próxima etapa, profissionais de órgãos na área social também passarão a fazer parte da rede, tais como CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). “Nosso intuito é oferecer subsídio para que as equipes possam levar a informação para as comunidades ao mesmo tempo em que oferecemos apoio ao processo de aprendizado dos profissionais que estão enfrentando o novo coronavírus nos territórios.”, diz Martins.

A plataforma está disponível para o uso de colaboradores da Fiocruz distribuídos pelos dez estados brasileiros nos quais a instituição possui unidades. Com isso, pesquisadores que estão estudando uma vacina que forneça proteção contra a Covid-19 e a Influenza também estão começando a se estruturar via Teams.

Por fim, todo o conhecimento advindo desta comunicação é organizado em uma plataforma de fácil visualização que permite identificar e acompanhar, por meio de gráficos e índices gerados usando o serviço de análise de dados Power BI, da Microsoft. Entre outras informações, são analisados os números de novos casos e óbitos relacionados à pandemia de Covid-19 no DF, bem como o perfil demográfico, de saúde, de gênero e faixa etária.

Redação

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