FSFX alerta para cuidados com a saúde da mulher no Dia Mundial do Rim

HMC terá a fachada iluminada em comemoração ao Da Mundial do Rim. Foto: Elvira Nascimento

O Hospital Márcio Cunha (HMC), de Ipatinga (MG), no mês de março, terá sua fachada iluminada nas cores azul e vermelha, em alusão ao Dia Mundial do Rim, comemorado no dia 8 de março deste ano. Referenciando também o Dia Internacional da Mulher, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) escolheu o tema “Saúde da Mulher – Cuide dos Seus Rins”, alertando sobre a doença renal crônica. A enfermidade atinge cerca de 10% da população mundial e 10% da brasileira possui algum grau de acometimento renal.

“Mais de 120 mil pessoas no país já se encontram na fase terminal da doença, necessitando de tratamento de diálise. Como na mesma data comemoramos o Dia Internacional da Mulher, queremos alertar esse público sobre as formas de prevenção, além de transformá-lo em multiplicador de informação junto à família e amigos”, explica o gerente do Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) do HMC e presidente da Sociedade Mineira de Nefrologia (SMN), Daniel Calazans.

De acordo com Calazans, o “Dia Mundial do Rim” quer levar às pessoas, especialmente às mulheres, informações sobre como prevenir e tratar a doença. O médico também alerta que um dos principais obstáculos no tratamento é o diagnóstico tardio da doença. “Muitas vezes, o paciente tem seu primeiro contato com um nefrologista já no momento da admissão para a hemodiálise. É de fundamental importância prevenir e passar por uma avaliação com seu nefrologista”, destaca.

Ações

A Fundação São Francisco Xavier (FSFX), mantenedora do HMC, compreende que o tratamento efetivo e de qualidade da DRC depende do acesso à informação. Por isso, o gerente do CTRS ministrará palestras cujo enfoque será a conscientização. A primeira será voltada para beneficiários do plano Usifamília, da Usisaúde, que acontecerá no espaço de convivência da unidade II do Hospital, às 10h do dia 7 de março.

Outra palestra, para os afiliados à Associação de Portadores de Insuficiência Renal do Vale do Aço (APIRVA), acontecerá na data simbólica, dia 8 de março, às 14h, na sede da associação, na Rua Belo Oriente, 840, bairro Bela Vista, em Ipatinga.

A capacitação médica em lidar com a doença também é imprescindível, por isso, a FSFX é também parceira em ações como a I Jornada de nefrologia do Vale do Aço e XXXIII Encontro Associação Mineira dos Centros de Nefrologia (Amicen), a ser realizado dentro do próprio do hospital no próximo dia 7 de abril.

DRC

Doença renal crônica (DRC) é a perda progressiva da função dos dois rins. Quando os rins falham e a capacidade de funcionar cai abaixo de determinado nível, o que chamamos de insuficiência renal, as impurezas não são retiradas do sangue e afetam os órgãos do nosso corpo, como o coração, pulmões, músculos, estômago e cérebro. Isso pode se tornar uma ameaça à vida da pessoa e requer atenção urgente. Atualmente não existe cura para a DRC. Os tratamentos atuais são as diálises (filtragem do sangue por outros meios) ou o transplante (que depende de um doador compatível), e devolvem parte da qualidade de vida do paciente.

Inicialmente, a DRC não tem sintomas. A pessoa pode perder 90% da função renal sem perceber. Por isto a prevenção e a detecção precoce são essenciais, pois permitem controlar o avanço da doença e a necessidade de tratamentos mais complexos. Exames de urina e de sangue podem detectar o início da doença. A doença afeta pessoas de todas as idades de raças, mas as causas mais comuns são hipertensão arterial (pressão alta) e diabetes. O risco é maior me pessoas mais velhas, mais propensas a essas complicações. Também devem ficar atentas pessoas que tenham alguém na família que sofre de DRC, de origem africana, hispânica, oriental ou aborígene. Todas as pessoas no grupo de risco devem consultar num nefrologista periodicamente.

Como prevenir a DRC?

1. Mantenha-se em forma e pratique atividade física regularmente;

2. Controle o nível de açúcar no sangue (glicemia) para evitar o diabetes;

3. Monitore sua pressão arterial;

4. Mantenha sua alimentação saudável e evite o sobrepeso;

5. Mantenha-se hidratado, tomando líquidos não alcoólicos;

6. Não fume;

7. Não tome remédios sem orientação médica;

8. Consulte um médico regularmente para verificar a situação dos seus rins.

Centro de Terapia Renal Substitutiva / Hospital Márcio Cunha

A evolução do Hospital Márcio Cunha na área de Nefrologia transformou a instituição em referência para mais de 840 mil habitantes nas últimas décadas. Principalmente após a descentralização do serviço de hemodiálise pelo Governo do Estado, que trouxe alívio para pacientes do Vale do Aço, que até então precisavam se deslocar até Belo Horizonte para realizar o tratamento hemodialítico.

Investimentos da Fundação São Francisco Xavier, entidade que administra o hospital, na expansão da infraestrutura e na capacitação de uma equipe multidisciplinar credenciaram o Márcio Cunha junto ao Ministério da Saúde como centro credenciado para captação de rins, em 1987, e transplantes renais, em 1992, ano da realização no primeiro paciente. Na década seguinte, com a inauguração do Centro de Terapia Renal Substitutiva e, em 2006, com a referencialização do hospital pelo SUS como Centro Transplantador da Regional Leste, o Hospital Márcio Cunha tornou-se referência em transplantes renais para pacientes de Vale do Aço, Caratinga, Manhuaçu, Governador Valadares, Teófilo Otoni e Itaobim.

Ano passado, o Centro de Terapia Renal Substitutiva passou por melhorias no espaço e nos atendimentos, ganhou 31 novas máquinas de hemodiálise, passando a operar com 74 equipamentos.

Redação

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