Há exatamente um ano, no dia 8 de julho de 2020, começavam os atendimentos no Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS), do Hospital de Cubatão (SP), administrado pela Fundação São Francisco Xavier. O CTRS foi criado para atender aos moradores da cidade. Antes da inauguração, os pacientes tinham que ir até Santos, Guarujá ou Praia Grande para fazer as sessões de diálise, pelo menos, três vezes na semana. Desde a abertura, foram 2.600 diálises e 55 pessoas atendidas. “Nosso compromisso sempre foi levar cada vez mais assistência segura e humanizada à comunidade de Cubatão. A falta de uma Hemodiálise aqui era uma deficiência enorme. Ficamos felizes em celebrar este primeiro ano junto com a população”, comemora a Superintendente da FSFX, Dra. Ana Rosa dos Santos.
Derly Muniz Viana, de 57 anos, é um dos pacientes que faz tratamento no local desde o início das atividades. “Faço diálise há 2 anos e meio. Antes de vir para cá, há um ano, ia de van até o Santo Amaro, no Guarujá. Demorava cerca de duas horas para ir e, duas para voltar. Hoje, me sinto em casa”, explica.
Para auxiliar no tratamento, o Hospital conta com uma equipe multidisciplinar. O grupo é formado por nefrologistas, enfermeiros, assistente social, farmacêutica, psicóloga e nutricionista. Para comemorar o primeiro ano de vida, estão previstas sessões ‘julinas’, com direito a comidas típicas, música e a muita alegria, nesta quarta e quinta-feira.
Com 100% de atendimento pelo Sistema Único de Saúde, o CTRS está localizado dentro do Complexo de Alta Complexidade do Hospital de Cubatão. É um dos grandes orgulhos do Hospital e sinônimo de humanização. Neste ano, o local foi palco, inclusive, de um casamento. O ‘sim’ da paciente Joanita aconteceu no dia 9 de junho. A cerimônia fez parte do dia mundial da campanha ‘O que Importa para Você?’, projeto que surgiu nos Estados Unidos e que vem sendo realizado, desde agosto do ano passado, em as todas as unidades hospitalares da Fundação São Francisco Xavier. O objetivo é realizar desejos de pacientes e aproximá-los ainda mais da equipe médica.
Diálise
Quando os rins falham, o corpo retém líquido e substâncias tóxicas que deveriam ser eliminadas em forma de urina. Estas alterações podem levar a dificuldade de concentração, sonolência e ainda provocar perda de sentidos (coma). Até que o paciente consiga um novo órgão por meio de um transplante, é necessário recorrer a um tratamento para substituir o trabalho que os rins já não conseguem cumprir.
A diálise é feita com a ajuda de um dialisador. Durante o processo, parte do sangue é retirada e entra em contato com soluções especiais, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente. Em geral, isso precisa ser feito três vezes por semana, com duração de quatro horas. “A diálise não é o fim, ela é o recomeço para esse paciente, para mantê-lo saudável, com uma vida produtiva e reinserido na sociedade”, ressalta Dra. Rosina Dal Maso, médica nefrologista da FSFX.