“Caixa de memórias” leva carinho de familiares e amigos a internados com Covid-19

Com o isolamento e a necessidade de precaução de contato, pacientes internados com Covid-19 costumam manifestar a falta de receber visitas ou ficar com acompanhantes.

Pensando em amenizar esse momento de fragilidade dos pacientes, o HCor resolveu estimular a relação indireta deles com o lado de fora do ambiente hospitalar, sem abrir mão do cuidado e da segurança de todos. Para isso, a instituição preparou uma caixa personalizada que pode ser abastecida por familiares e amigos com cartas, fotografias e até pequenos objetos para o paciente internado.

“É uma iniciativa simples de humanização, que busca promover mais acolhimento nesse momento no qual o paciente está distante, sem poder receber o carinho direto de quem ele ama”, conta Silvia Cury, gerente de saúde mental do HCor.

De acordo com a psicóloga, manter esses itens pessoais junto do paciente, proporciona a ele uma sensação de pertencimento e familiaridade durante seu período de internação. “Nosso objetivo é que, mesmo fora do horário das tele visitas, ele não se sinta tão sozinho”.

Tecnologia a serviço do bem-estar

As tele visitas, aliás, foram adotadas já nos primeiros meses de pandemia por grande parte dos hospitais.

No HCor, a iniciativa foi implantada nos setores de internação do hospital, de forma permanente, incluindo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nas enfermarias, pacientes que não fazem uso de celulares próprios também contam com o intermédio da Psicologia. Assim, todos os dias da semana, com data e horário marcados, os pacientes podem conversar e até receber abraços virtuais por meio de videoconferências.

“É importante ver que sua família está ali, ainda muito perto, e sentir carinho. Além disso, a tele visita permite conversas com pessoas queridas, situação que pode impactar de maneira positiva o tratamento do paciente, pois o motiva a lutar pela vida”, explica.

Segundo a especialista, as tele visitas surgiram como uma motivação para pacientes, familiares e, inclusive, a equipe multidisciplinar que atua na linha de frente na assistência. “A tecnologia é muito útil para a retomada do contato, permitindo que a família acompanhe o tratamento do paciente, mesmo sem estar presente fisicamente – o que seria um risco. Já a equipe consegue sentir as mudanças no humor e oferecer mais conforto a quem está recebendo cuidados”.

Redação

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