HCor e SBC firmam parceria para expandir atendimentos cardiológicos gratuitos do SUS no Amazonas

O HCor e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) assinaram um termo de cooperação para fortalecer a ação solidária SOS Coração Amazonas, programa que tem como objetivo apoiar a assistência médica da população do Amazonas, estado severamente atingido pela pandemia da Covid-19.

Com a parceria, o HCor recrutará seus médicos residentes para atendimento gratuito e remoto, via telemedicina, aos pacientes cadastrados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no município de Manaus. O hospital também disponibilizará sua estrutura física para que as consultas à distância sejam realizadas.

“O projeto proporcionará aos nossos residentes uma experiência a mais em telecardiologia e ainda beneficiará a população manauara. A princípio, teremos a participação de 24 profissionais dentro do escopo de atendimentos, mas a ideia é que possamos ampliar, após o recrutamento de cardiologistas já formados que tenham interesse em se voluntariar”, conta o coordenador médico de Ensino e Inovação do HCor, Kevin Kim.

A SBC fornecerá certificado aos médicos residentes do HCor, que comprovarem participação no programa, dentro do período de seis meses. Além disso, a instituição dará suporte na viabilização da realização do atendimento aos pacientes com menor grau de risco ou com doença crônica não agudizada na Clínica SOS Amazonas, incluindo emissão de certificado digital com padrão ICP-Brasil para a expedição de documentos médicos eletrônicos.

Os residentes do HCor, bem como todos os voluntário do programa SOS Coração Amazonas, também somarão 1 (um) ponto para o concurso do Título de Especialista em Cardiologia (TEC) 2021, promovido pela SBC. O exame tem como objetivo distinguir o profissional médico apto a exercer a especialidade de Cardiologia Clínica, que tenha apresentado formação médico-científica adequada, de acordo com a SBC e a legislação vigente.

SOS Coração Amazonas

Como parte do programa SOS Coração Amazonas, a SBC e a Conexa Saúde disponibilizaram, desde fevereiro, uma plataforma de telemedicina para somar esforços com os profissionais de saúde que se voluntariarem para atender a quem precisa e não pode recorrer ao atendimento presencial, observando o isolamento social recomendado pelas autoridades sanitárias.

Além da teleconsulta, é possível a emissão de receitas médicas, usando certificado digital, e o telediagnóstico, que consiste em encaminhar ao médico os exames como eletrocardiograma e até ecocardiograma, em algumas situações, para avaliação do cardiologista, tudo em consonância com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e com as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM).

“Nosso objetivo é formar uma corrente de solidariedade na atenção voluntária e atender remotamente os pacientes cardiopatas, que, com a pandemia, acabaram ficando sem acompanhamento médico especializado”, afirma o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC/Funcor, José Francisco Kerr Saraiva.

Extensão do programa

A SBC, junto ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e aos Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), está prevendo aumentar a atuação do programa SOS Coração Amazonas para outras regiões da Amazônia e do País, expandindo, consequentemente, o número de pessoas atendidas.

À época do lançamento da ação, o presidente do CONASEMS, Wilames Freire Bezerra, disse ser importante os gestores de saúde dos municípios amazonenses se organizarem e se unirem à ação solidária da SBC para garantir assistência médica à população portadora de doenças cardiovasculares.

Em números

Até o momento, a plataforma de telemedicina da SBC com a Conexa possui 347 pacientes cadastrados, sendo a maioria com idades entre 40 e 69 anos. Foram realizadas 284 consultas – 151 de cardiologia e 133 de clínica geral.

Estão inscritos, voluntariamente, 63 cardiologistas, 1 cardiologista pediátrico e 2 clínicos gerais; oito cardiologistas estão em atendimentos.

Mesmo ao longo da pandemia, os casos de infarto continuaram sendo registrados. No mundo, houve um aumento de 70% da mortalidade cardiovascular por falta de acesso ao atendimento. Segundo o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC/Funcor, não há nenhuma estratégia melhor e mais eficiente, falando em custo-efetividade e custo por ano de vida salva, do que a telemedicina, porque ela leva acesso, economia e indicadores robustos.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.