Hcor impulsiona ações de responsabilidade social com verba obtida de boas práticas ambientais

Não é segredo que o setor hospitalar é um dos que mais gera resíduos no mundo. Isto porque, pela própria essência, não permite a reutilização de muitos dos seus insumos. No entanto, mesmo em um segmento tão desafiador, é possível encontrar formas de reduzir o descarte e até mesmo de ampliar o benefício à população com ações de responsabilidade social, como mostra o Hcor.

No hospital, resíduos recicláveis são revertidos em verba para os projetos de gratuidade da instituição. Só de janeiro a julho de 2023, a reciclagem de quase 168 toneladas gerou mais de R$ 54 mil. O valor foi destinado aos programas de cirurgias intrauterinas para correção da coluna vertebral em gêmeos idênticos, assistência a crianças, bebês e adolescentes com cardiopatias congênitas e atendimento a refugiados.

Entre as iniciativas ambientais que geram receita para o hospital aplicar no cuidado com as pessoas em vulnerabilidade socioeconômica, estão as reciclagens de óleo de cozinha, película de raio-X e sucata. “O Hcor está em um grande processo de expansão. Com as obras, diversos materiais, como metais e móveis, acabavam sendo descartados em caçambas comuns. Agora, fazendo a separação e o encaminhamento específicos, conseguimos ter um retorno financeiro sobre produtos de maior valor agregado”, explica Andréia Azevedo, coordenadora de Meio Ambiente do Hcor.

Além dos projetos que beneficiam as ações de responsabilidade social, o hospital continua desenvolvendo boas práticas ambientais que impactam a sociedade como um todo. Nos últimos três anos, reduziu o índice de resíduos infectantes de 58% (2020) para 36% (2023) dos resíduos totais. “Para atingir esse resultado, além das adequações em toda a estrutura do hospital, investimos na implementação da cultura de cuidado com o meio ambiente, com ações educativas e campanhas internas de conscientização frequentes”, conta Andréia.

As estratégias foram importantes porque, devido ao perfil do paciente do Hcor, idoso e com comorbidades, o período de internação é mais longo. Com isso, há um risco maior de gerar mais resíduos infectantes. “Para reduzir ao máximo esse lixo que não pode ser reciclado, orientamos a equipe assistencial a descartar embalagens antes de entrar no quarto e no pré-cirúrgico. Na área de exames e consultórios, investimos na conscientização sobre o descarte de papel de maca e de aventais. São pequenas mudanças que, pelo grande volume de pacientes, têm um impacto ambiental e financeiro importante”, ressalta Andréia.

Por dia, centenas de pessoas circulam pelo Hcor, entre funcionários, pacientes, acompanhantes e médicos credenciados. Essa movimentação, além de gerar resíduos infectantes e comuns, faz com que sejam produzidas de 13 a 14 toneladas de resíduo orgânico por mês. Ciente de que a decomposição dessas substâncias produz gás metano, o segundo componente mais importante para o efeito estufa, a instituição não descarta as sobras em aterros sanitários, mas a destina à compostagem, processo em que os resíduos são transformados em adubo.

Atestando o compromisso com a preservação do meio ambiente, com a prevenção da geração da poluição e com o controle do consumo de recursos naturais, o Hcor conquistou, no ano passado, a certificação ISO 14001. “Temos ciência de que podemos fazer mais e melhor, mas os resultados e o reconhecimento mostram que estamos no caminho certo. Vamos continuar trabalhando firmemente no nosso propósito de cuidar das pessoas e fortalecer a saúde”, finaliza Andréia.

Redação

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