Nos primeiros sete meses do ano as healthtechs levantaram US$ 216 milhões em 34 rodadas de investimento, o que já representa quase o dobro do investido durante todo o ano passado, quando foram aportados US$ 112,2 milhões no setor, ao longo de 61 deals. Os dados são do Inside Healthtech, relatório mensal produzido pelo Distrito. Só em julho, foram US$ 32,9 milhões levantados em cinco rodadas de investimento.
Além disso, mostra o relatório, foram realizadas nove fusões e aquisições até agora em 2021, ante 16 em todo o ano passado e apenas duas e três em 2019 e 2018, respectivamente.
“Já temos um ano sem precedentes para as healthtechs, mas tudo indica que o setor deve continuar aquecido, ao passo que as novas tecnologias ganham cada vez mais adesão. É um caminho sem volta e, na medida que as startups vão amadurecendo, devemos esperar captações cada vez maiores”, diz Gustavo Araújo, CEO do Distrito.
O Distrito tem hoje 919 startups de saúde mapeadas em sua base. Entre elas, 49,8% são B2B; 30,1%, B2C; e 15,4%, B2B e B2C. Ao todo, essas empresas empregam quase 15 mil pessoas no país.
Inteligência Artificial na Saúde
O relatório ainda traz um zoom no uso de inteligência artificial no setor, que tem auxiliado médicos no diagnóstico preciso de seus pacientes, entre outros avanços. Foram mapeadas 62 healthtechs que usam a tecnologia para melhorar a saúde das mais diversas formas. Grande parte delas, 46 especificamente, foram fundadas nos últimos cinco anos. Entre as especialidades em que estão mais presentes, estão Geriatria, Saúde Infantil e também Mental.
“A capacidade de analisar uma quantidade ilimitada de dados de pacientes e extrair deles informações relevantes é o que faz da inteligência artificial uma tecnologia tão revolucionária. A aplicação dessas técnicas nos serviços de saúde permite um diagnóstico mais rápido e eficaz, e um tratamento mais preciso com maiores chances de sucesso”, diz Araújo.