Hospitais desenvolvem estratégias para não ter problemas em atendimentos durante o carnaval

O período do Carnaval é marcado por festas e uma atmosfera de alegria e descontração. Porém, para as instituições de saúde, este período pode representar um aumento significativo no número de pacientes atendidos e nos desafios enfrentados pelos profissionais de saúde. Nesse contexto, a reconciliação medicamentosa emerge como uma prática fundamental para garantir a segurança e a eficácia dos tratamentos prestados aos pacientes.

O que é reconciliação medicamentosa?

Refere-se ao processo de comparação e atualização da lista de medicamentos que um paciente está tomando, com as prescrições médicas e administrações registradas. Durante o Carnaval, muitas pessoas viajam, participam de eventos e isso pode resultar em alterações nos seus padrões de consumo de medicamentos. Além disso, o consumo de álcool e outras substâncias é comum nesse período, o que pode interagir com os medicamentos prescritos, aumentando o risco de efeitos colaterais e complicações.

A coordenadora de contas estratégicas da Quality Global Alliance (QGA), Ariadine Oliveira, foi entrevista e contou um pouco mais sobre este importante processo que pode evitar erros de medicação, duplicações de doses, interações medicamentosas e prejudiciais, além de agravar condições de saúde preexistentes. Confira a entrevista completa.

Qual é a relevância dessa prática, especialmente durante o período do carnaval?

A segurança no uso de medicamentos é bem importante neste período de carnaval, uma vez que os abusos de substâncias como o álcool podem interferir diretamente no uso de diversos tipos de medicamentos. É importante lembrar que a automedicação pode trazer graves consequências para a saúde.

Quais são os desafios específicos que as instituições de saúde enfrentam em relação à reconciliação medicamentosa durante o carnaval?

Os desafios incluem aumento do consumo de álcool e drogas sem moderação, maior procura por serviços de saúde junto ao crescente índice de casos de dengue em muitos estados, a falta de um histórico medicamentoso em um momento de atendimento crítico, assim como a falta de conscientização sobre a importância da reconciliação medicamentosa.

Como as festividades podem afetar a administração e o controle adequado dos medicamentos?

A administração e o controle adequado dos medicamentos pode ser afetada devido à interrupção dos horários regulares de medicação, abuso de substâncias como o álcool, além da desidratação e descuidos com a alimentação, uma vez que alguns medicamentos exigem cuidados na interação droga-nutriente.

Como a falta de reconciliação medicamentosa pode impactar a segurança dos pacientes durante o carnaval?

A não utilização desta ferramenta de segurança crucial, pode diminuir a precisão das prescrições médicas em um serviço de saúde, propiciando interações medicamentosas graves que possam comprometer de forma relevante a condição clínica do paciente, além de não identificar alergias e promover a adesão adequada ao tratamento.

Como as instituições de saúde podem garantir que sua equipe esteja devidamente treinada para lidar com a reconciliação medicamentosa durante o carnaval?

A adoção de práticas de segurança, como a ROP de conciliação medicamentosa são fundamentais para a garantia da segurança medicamentosa. Nela constam testes de conformidade que devem ser discutidos entre todos os profissionais envolvidos como uma forma educativa de melhoria contínua.

Como você vê a evolução da reconciliação medicamentosa nas instituições de saúde, especialmente considerando eventos sazonais como o carnaval?

A evolução da tecnologia nos prontuários eletrônicos nos serviços de saúde tem melhorado as práticas de reconciliação medicamentosa, especialmente pela adoção de protocolos de segurança mais eficazes, evitando abreviações perigosas, identificando alergias e definindo travas de segurança que impedem a prescrição e dispensação destes medicamentos. Para eventos como o carnaval, as instituições de saúde estão cada vez mais conscientes do desafio de fornecer orientações claras aos pacientes e profissionais de saúde e implementar medidas preventivas para mitigar riscos relacionados ao uso inadequado de medicamentos.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.