O Seconci–SP (Serviço Social da Construção), entidade que presta serviço médico e odontológico ambulatorial aos trabalhadores da construção civil paulista e suas famílias, desde 1998 qualificada como uma OSS vinculada ao Governo do Estado de São Paulo, tem se tornado referência quando o assunto é aleitamento materno. Três das unidades hospitalares sob responsabilidade do órgão são certificadas como Hospital Amigo da Criança, selo criado em 1991 pela Organização Mundial da Saúde e pela UNICEF que certifica o compromisso da instituição com o tema.
Segundo dados da Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA, sigla em inglês), as taxas globais de aleitamento materno permanecem baixas, com apenas 43% dos recém-nascidos iniciando o processo dentro da primeira hora após o parto e 41% dos bebês com menos de seis meses de idade são exclusivamente amamentados. Embora 70% das mulheres continuem amamentando por pelo menos um ano, as taxas de aleitamento materno caem para 45% aos dois anos de idade.
Há uma meta global de nutrição para que o índice de aleitamento materno seja de 50% até 2025. Isso, ainda segundo os dados, exigirá um investimento de bilhões de dólares – US$ 4,70 (cerca de R$ 25,00) por recém-nascido em todos os países de baixa e média renda.
“Além de estimular e apoiar as mães para o aleitamento materno, essas unidades ofertam aos recém-nascidos internados leite humano doado, especialmente, no caso quando algumas das mães ainda não produzem o leite”, afirma Dr. Paulo Quintaes, superintendente de gestão pública estadual do Seconci-SP.
No quadro abaixo, estão os dados do primeiro semestre deste ano das unidades:
Nos casos do Hospital Geral de Itapecerica da Serra, do Hospital Regional de Cotia e do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, funcionários vão até as residências das mães doadoras para recolher o leite. Após isso, o leite é pasteurizado e distribuído às crianças da neonatologia desses hospitais.
“O leite humano pasteurizado, proveniente dos Bancos de Leite Humano, oferecido para os bebês prematuros da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, além de nutrir e auxiliar no crescimento e desenvolvimento dos pacientes contribui para a redução da incidência e gravidade das infecções neonatais e melhora das taxas de mortalidade”, afirma Dr. Daniel Caldevila, médico neonatologista.