Hospital de Campanha Parque dos Atletas atendeu 621 vidas

Ao longo dos quatro meses de funcionamento, o Hospital de Campanha Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro (RJ), atendeu 621 vidas. Cerca de 90% delas precisaram, em algum momento, do serviço na unidade de terapia intensiva, 199 ficaram no respirador mecânico e 104 precisaram da unidade de diálise. Foram realizadas 660 tomografias e 657 ecocardiogramas. Esses números explicitam como foi desafiante o trabalho de toda a equipe. Inaugurado em 11 de maio, a unidade foi planejada para funcionar por quatro meses, justamente para contribuir na gestão de saúde pública no momento mais grave da pandemia. Inicialmente, idealizado com 150 leitos de enfermaria e 50 de UTI, a alta demanda para pacientes mais graves, exigiu uma readequação, transformando outros 50 leitos de enfermaria em UTI.

“Foi uma enorme responsabilidade, mas também foi um trabalho extremamente gratificante poder fazer a diferença na vida de centenas de pessoas. Sem dúvida nenhuma, o sucesso do hospital foi devido ao engajamento dos colaboradores. Isso foi preponderante para o nível de excelência no atendimento proporcionado”, conta a diretora executiva da unidade, Martha Savedra, que ainda destaca a expertise da Rede D’Or São Luiz na gestão hospitalar para o sucesso da iniciativa. Isso proporcionou agilidade e garantiu a manutenção diária na qualidade do atendimento, exatamente igual ao oferecido nos hospitais da rede”, afirma.

Voltado para atender exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o hospital recebeu pacientes transferidos de 106 unidades públicas de saúde e de 27 municípios do Estado. Os dois últimos pacientes receberam alta nessa segunda-feira (07) e puderam aproveitar o feriado com suas famílias. A atenção com o bem estar de cada um dos pacientes foi, desde início, além do cuidado médico. O zelo está expresso em ações desenvolvidas como o projeto “Conectando Corações”, que permitia ao paciente receber visitas virtuais dos familiares através de vídeo chamadas. A celebração a cada alta também demonstrava o carinho da equipe com cada história que por ali passou.

“Lembro muito bem da felicidade do paciente que recebeu a primeira alta. Um senhor de 59 anos, que havia sido internado no dia 15 de maio, transferido da UPA de Campo Grande, e recebeu alta no dia 18 do mesmo mês. Foi muito gratificante ver a sua alegria”, revela a diretora médica Isabel Cristina Nascimento, que esteve à frente das ações de humanização e do cuidado centrado na pessoa.

O painel “A Minha Biografia” foi anexado em alguns dos leitos do Hospital de Campanha com objetivo de mostrar para os times assistenciais as preferências e detalhes pessoais de cada um dos pacientes. O propósito sempre foi individualizar a relação entre os profissionais e a pessoa foco do cuidado, além buscar desfechos e caminhos que de fato importavam para os pacientes. Também com o objetivo de melhorar o bem estar do paciente, foi proporcionado, durante a recuperação, o contato com o sol, em passeios organizados e acompanhados pela equipe da unidade. O sol faz-se necessário por uma série de aspectos terapêuticos. Após longos períodos dentro de uma tenda, predominantemente branca, com os bipes dos equipamentos médicos e o tráfego dos times assistenciais pelos salões, imersos nas suas atividades de cuidado, redescobrir que ainda há vida fora do Hospital de Campanha se tornou algo fundamental. E nesta terça-feira, a equipe vai realizar um minuto de silêncio e soltar balões brancos em homenagem às vidas em todo o país que não resistiram à luta contra o Covid-19.

A montagem e gestão da unidade também foi um verdadeiro desafio. A inauguração precisou ser antecipada devido à necessidade de leitos na época. A Rede D’Or liderou a construção e operação do Hospital. O investimento total foi de R$ 62 milhões provenientes exclusivamente da iniciativa privada. A unidade foi custeada pelo Movimento União Rio, Rede D’Or, Stone Pagamentos, Mubadala, Qualicorp, SulAmérica Seguros, Vale, Banco BV, Shell e Aqui! Card Soluções de Pagamentos.

O hospital fez parte de uma série de ações desenvolvidas pela Rede D’Or em apoio ao Sistema Público de Saúde no combate à pandemia. O Grupo também construção e gestão do hospital de campanha Lagoa Barra, bem como da ativação de leitos definitivos no Hospital São Francisco na Providência de Deus e no Hospital do Fundão, entre outros projetos. “São exemplos do compromisso da Rede D’Or com a sociedade brasileira e seu empenho em apoiar o poder público em uma situação tão grave”, destaca o vice-presidente médico da Rede D’Or, Leandro Reis Tavares

Montado em um terreno do Poder Público, no Parque dos Atletas, na Zona Oeste do Rio, a unidade operou com 200 leitos, sendo 100 de UTI e 100 de enfermaria, e contou com uma estrutura similar aos dos melhores hospitais privados, com tomografia digital, radiologia convencional, aparelhos de ultrassom e ecocardiograma e laboratório de patologia clínica.

Redação

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