O Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), pertencente à Unimed Sorocaba (SP), conquistou a certificação máxima da Health Information and Management Systems Society (HIMSS) Analytics, conferida somente à elite dos (assim denominados) hospitais digitais. O resultado da auditoria foi divulgado no início da tarde deste 31 de janeiro.
Fundada na década de 1960, em Chicago (EUA), a HIMSS é uma das mais importantes associações internacionais, cujo objetivo principal é estimular o uso da tecnologia da informação pelo setor da saúde. Os auditores destacados para o trabalho em Sorocaba foram Ana Carolina Cavalcanti (Brasil), Carlos Martin Otero (Argentina) e John Rayner (Reino Unido). Eles foram auxiliados pelos consultores Isabel Maria de Jesus Simão e Ana Carolina Cavalcanti (Brasil), Carlos Martin Otero (Argentina) e John Rayner (Reino Unido). Cláudio Giulliano Alves da Costa.
Regras mais exigentes
No Brasil, apenas três instituições hospitalares possuíam a certificação Nível 7 (que é a mais alta da HIMSS). O HMS conseguiu enquadrar-se nas novas regras exigidas pela entidade – extremamente mais rígidas que as das versões anteriores – e que passaram a vigorar em janeiro do ano passado. A grande diferença para as exigências anteriores foi a inclusão de critérios relacionados com segurança, governança de dados e de TI e integrações de dispositivos clínicos.
Antes de anunciar o resultado, John Rayner contou que ele e sua equipe visitam hospitais de todo o mundo. Ele considera um privilégio poder ajudar essas instituições a elevar seus níveis de maturidade em relação aos recursos da tecnologia da informação. “Nestes dois dias, fiquei muito impressionado com a cultura do Hospital Dr. Miguel Soeiro e de poder comprovar como todos da equipe vestem a camisa desta empresa, a ponto de sentirem-se ‘donos’ dos processos dos quais são responsáveis”, enfatizou.
Sexto na América Latina
Mais adiante, após anunciar a aprovação da auditoria, Rayner destacou que o HMS passa a ser o sexto hospital em toda a América Latina a obter a HIMSS Nível 7. “Esta certificação é um testemunho do trabalho duro e árduo que vocês realizam”, finalizou.
Na sequência, o presidente da Unimed Sorocaba, José Francisco Moron Morad, observou que este 31 de janeiro de 2019 se tornou extremamente importante para a Cooperativa. “Agora, estamos na lista dos principais hospitais do mundo”, reforçou. “Esta certificação muito nos honra, pois é um diferencial desejado por muitos hospitais. Contudo, somente alguns deles conseguem atingir este nível”.
“Todos os médicos cooperados e os colaboradores estiveram bastante empenhados e comprometidos para conseguirmos esta certificação, que assegura um nível inquestionável de segurança dos processos dispensados aos pacientes e às suas informações”, enalteceu.
Moron lembrou que o maior objetivo da Unimed Sorocaba é garantir a segurança do paciente. “Falo publicamente sobre a qualidade dos nossos cooperados e colaboradores. Neste momento, quero agradecer pelo seu empenho e dedicação para com esta empresa. Muito obrigado a todos e parabéns à Unimed Sorocaba”, complementou.
O consultor Cláudio Alves da Costa parabenizou toda a equipe do HMS e elogiou as conquistas alcançadas nos últimos anos. “É muito bom ver o trabalho de um grupo atingir um objetivo”.
Luis Carlos Terciani, gerente de TI da Unimed Sorocaba, também fez questão de agradecer a todos os que colaboraram para que a certificação se tornasse realidade. “Independentemente do cargo ou da função de cada um, esta é uma conquista de todos e não somente da TI, que, por sinal, não existiria sem cada um de vocês”, declarou. “Esta vitória é para podermos oferecer uma qualidade ainda maior para quem precisa, porque nós garantimos segurança ao paciente, e é isso o que mais importa”.
Para o diretor administrativo do HMS, Edson Paulossi, o momento é de orgulho. “Temos um time de elite e alta performance”, classificou. “Seus membros sonham os sonhos desta empresa. O que todos nós queríamos, nós acabamos de conseguir”.
Trajetória e exigências
Em maio de 2017, o HMS havia conquistado o Nível 6, que já atestava, de maneira inquestionável, que a instituição possui um sistema completo de suporte à decisão assistencial e um circuito fechado de gerenciamento das medicações, ou seja, que a segurança ao paciente é aplicada de maneira rigorosa e eficaz, com utilização quase total da informática.
Segundo palavras do diretor técnico do HMS, Mário Sérgio Moreno, o Nível 7 apresenta um nível de exigências extremamente alto. A auditoria foi rigorosíssima, chegando ao ponto de testar se as informações dos pacientes estão à prova do ataque de hackers.
Para ter noção do nível das exigências, até os estoques dos bancos de leite e de sangue do HMS deverão estar integrados ao sistema de informações digitais, mesmo que a origem do produto seja de outra cidade ou estado. “Também não poderemos ter menos de 95% de ‘bipagens’, ou seja, de leituras digitais de todas as medicações dispensadas e aplicadas no Hospital, assim como dos exames laboratoriais aqui realizados. Assim, a segurança do paciente atingirá um nível de excelência inédito em todo o estado de São Paulo”, conta Mário Sérgio.