Artigo – O duelo final entre a falta de critérios e a gestão profissional de RH

Atualmente o cenário na área da Saúde é cada vez mais crítico para as instituições que ainda teimam em priorizar o chão de mármore (primo rico) ou ficar no papel da vítima (primo pobre), em vez de fazer gestão e aumentar a produtividade e as competências de seus líderes e colaboradores. É interessante notar, entrando e saindo de tantos hospitais pelo Brasil afora, que ainda encontramos muitas instituições que parecem fazer questão de:

1 – Ignorar os “custos invisíveis” de processos seletivos pouco profissionalizados e equivocados, nos quais o resultado final é o aumento do índice de rotatividade de pessoal e de transtornos dentro das equipes de trabalho.

2 – Ignorar que o mau desempenho é a única coisa que não se resolve sozinha dentro de uma equipe, e que se os líderes não forem efetivamente capacitados para conduzir uma Avaliação de Desempenho por Competência, mais transtornos teremos nestas equipes.

3 – Ignorar, ainda, que processos educacionais não são despesas ou custos, mas investimentos que precisam ser monitorados por indicadores de eficiência, eficácia e efetividade e que, sem isso, treinamento é literalmente dinheiro jogado fora.

Se sua empresa acha “educação” um investimento caro, então imagine o preço da ignorância acima mencionada…

Enfim, aqueles que continuarem neste processo de apenas ignorar pagarão o preço pelo próprio grau de miopia empresarial.

Hoje qualquer certificação de qualidade (Acreditação Hospitalar, Joint Comission, etc.) aponta para a exigência de se adotar uma Gestão por Competências dentro dos hospitais e instituições de saúde. E para aqueles gestores que já corrigiram o problema oftalmológico da miopia, este é o único caminho para a profissionalização e obtenção de resultados inteligentes, afinal, o piso de mármore não constrói resultados, sabe por quê? Porque simplesmente os resultados são edificados por pessoas, equipes e líderes com visão estratégica de negócios em equilíbrio supremo com a gestão humana.

Está na hora de parar de reclamar e começar a agir… pois equipes de primeira não caem do céu. É preciso ter um modelo de gestão de primeira linha, como a Gestão por Competências.

Neste modelo inteligente de gestão das pessoas na sua empresa, você elimina a falta de critérios ou a subjetividade deles. Na realidade, você e seu hospital passam a ter transparência, clareza e critérios de desempenho muito bem definidos.

O benefício pode-se notar diretamente no esquema anterior: critérios de captação e seleção de pessoas com menor porcentagem de erro na admissão de colaboradores e líderes; mapeamento dos GAP´s existentes nas lideranças (o que a empresa precisa e o que as minhas lideranças apresentam como desempenho atual); e uma terceira e última ferramenta importante: se eu sei o que cada líder, cada colaborador precisa melhorar para trazer mais resultados concretos para a instituição, então eu posso usar o treinamento de forma inteligente, capacitando em planejamento somente aqueles que apresentam um desempenho abaixo do necessário neste quesito.

E um alerta final: muitos hospitais e instituições estão dizendo por aí que tem Gestão por Competências… Cuidado! Há muita cortina de fumaça para esconder, na realidade, apenas uma avaliação de desempenho “muito caseiramente mal feita”.

Em 2020: pense nisso e tome decisões ainda mais inteligentes na gestão de RH de sua empresa, porque na área da Saúde as auditorias de qualidade estão cada vez menos deixando passar esse modelos camuflados…

Ou você tem realmente Gestão por Competências ou o mercado vai lhe cobrar o preço pelo amadorismo.

Prof. Fabrizio Rosso é administrador hospitalar, mestre em Recursos Humanos pelo Mackenzie, SP, autor do livro “Gestão ou Indigestão de Pessoas?”, da Ed. Loyola, sócio e diretor-executivo da FATOR RH. fatorrh@fatorrh.com.br l (11) 3864-8161 ou (11) 3864-1200

Conteúdo originalmente publicado na Revista Hospitais Brasil edição 100, de novembro/dezembro de 2019. Para vê-la no original, acesse: portalhospitaisbrasil.com.br/edicao-100-revista-hospitais-brasil

Redação

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