A maternidade é um caminho de magia, porém, com muitos desafios. Um deles é o vínculo afetivo, que apesar de muitos acharem que entre mãe e bebê é de imediato, não é. Na verdade, ele vai sendo construído gradativamente, desde a gestação e vai se fortalecendo através do comportamento e cuidados.
Para entender melhor sobre o que é e como funciona o “Vínculo mãe-bebê”, o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), dentro do projeto de pré-natal de alto risco do Serviço Social, abordou sobre o assunto, nesta quarta-feira (31), junto às gestantes que fazem acompanhamento na unidade.
De uma forma interativa, a psicóloga Nayara Moreno discorreu sobre o assunto, e alertou as futuras mamães que o bebê percebe o comportamento da genitora e associa com um tipo de hormônio. Ela destacou as atitudes que possam construir esse vínculo como compartilhar sentimentos, conversar com o bebê, ouvir uma música, entre outros. Também falou que é possível a construção do vínculo na prematuridade. “Mesmo com o bebê internado na UTI Neonatal é importante essa aproximação, por meio do toque e conversa. Por isso, a unidade incentiva a visitação dos pais”, pontuou.
Dinâmica
Utilizando barbante, nas cores verde e rosa, conforme o sexo do bebê, Nayara mostrou que é impossível formar um laço com apenas uma mão é necessário a ajuda da outra mão para que se faça o laço. Falou da importância do apoio do companheiro, bem como da rede da família, pois os laços afetivos são fundamentais para que o bebê cresça saudável e feliz.
A gestante de 20 semanas – Vanise Gomes -, é de Itapuranga e espera seu segundo filho. Faz o acompanhamento no Hemu por ser hipertensa. Ela achou a abordagem bem interessante e não sabia que o bebê fosse capaz de perceber suas emoções ainda na gestação. Wigna Maria – de 25 semanas de gravidez é de Goianira. Devido a diabetes faz seu pré-natal na unidade. Mesmo estando na terceira gestação, ela gostou da palestra, diz que foi enriquecedora e que aprendeu muito.
No final, Nayara ressaltou que o vínculo mãe-bebê caracteriza-se por englobar as circunstâncias das emoções, dos sentimentos e comportamentos e deu dicas de como desenvolver essa relação afetiva desde a gestação até os primeiros meses de nascido. A psicóloga frisou que com todas as mudanças, situações e preocupações, ser mãe não é fácil, mas tudo pode ser administrado com uma simples palavra – Amor.