Hospital Estadual de Doenças Tropicais mantém acompanhamento de criança

Uma vida pouco comum para uma criança de dois anos e dez meses. Guilherme (nome trocado para proteger sua identidade) chegou ao Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), em Goiânia (GO), gerido pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), no dia 21 de julho de 2017, com febre alta, pálido, e com a coloração azul-arroxeada, devido à má oxigenação do sangue arterial.

Transferido de ambulância do Hospital das Clínicas, a criança, que chegou à unidade com 10 meses de idade, foi imediatamente entubada e internada em um leito da Unidade de Terapia Intensiva de Pediatria (UTI Ped), onde permaneceu por mais de um ano e seis meses. Em exames realizados pelo HDT, a coordenadora da UTI pediátrica, Fábia Fonseca relata que o menino foi diagnosticado com diversas complicações. “Foram identificados quadros de pneumonia viral, problemas respiratórios crônicos, apneia, insuficiência respiratória grave e escoliose bastante acentuada, tendo limitações de locomoção” esclarece Fábia.

No tempo em que esteve internado no hospital, Guilherme, que necessitava de acompanhamento constante do responsável, foi abandonado por diversas vezes, recebendo apenas visitas esporádicas da mãe. Nesse período, o garoto acabou sendo acolhido pela equipe do hospital, que chegou a realizar um batizado para o paciente. Ele recebeu o apadrinhamento da técnica de enfermagem, Cristiane Pedra e do enfermeiro, Carlúcio Lopes. “O Guilherme foi admitido no meu plantão na UTI pediátrica, e como o tempo de internação foi muito longo, acabou sendo natural, inevitável, involuntário e progressivo o meu apego e amor por ele, assim como de toda a equipe da UTI” ressalta o enfermeiro. A decisão de batizá-lo foi um desejo do coração “o carinho que tenho por ele é imenso e só aumentava com o passar de mais de um ano de convivência, me sinto muito abençoado por poder apadrinhá-lo e fazer parte de sua vida de forma mais presente e responsável, oferecendo carinho, atenção, e principalmente orações, para que Deus continue a abençoar a vida dele”.

A coordenadora do Serviço Social do hospital, Francisca Aureliano, destaca que o HDT oferece atendimento humanizado, com uma equipe de multiprofissionais, e que o Serviço Social fez o acompanhamento tanto no contexto social quanto familiar do paciente, sempre permanecendo em contato com a família e órgãos auxiliares. “Guilherme também recebeu atendimento psicológico, nutricional, fonoaudiólogo e terapêutico ocupacional” conta Francisca.

O garoto ganhou alta do hospital no dia 16 de fevereiro deste ano, e foi encaminhado para a Casa dos Nossos Pais, lar de apoio da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, gerida pelo Padre Luiz Augusto, que tem hoje tutela legal sobre  a criança. Tanto a mãe quanto a avó da criança acabaram alegando dificuldades de manter os cuidados contínuos, como a fisioterapia periódica realizada no Centro de Reabilitação e Readaptação DR. Henrique Santillo (CRER) e o manuseio do equipamento utilizado no tratamento da apneia na parte noturna.

O HDT acolheu o Guilherme como paciente fixo da unidade, e continua realizando exames e consultas, fazendo o acompanhamento de seu tratamento. O diretor geral da unidade, Roger Moreira destaca a importância da humanização no perfil de tratamentos e internações prolongadas. “O atendimento humanizado é relevante tanto para o paciente quanto para os colaboradores do hospital, que acabam se envolvendo e extraindo dessa relação, motivação para continuar a missão de salvar vidas”. Ele acrescenta que o acompanhamento realizado por diversos profissionais do hospital acolhe o paciente e oferece um atendimento de excelência para a população.

Redação

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