Estudos internacionais apontam que a taxa de mortalidade em prematuros com menos de 1,5 kg e doenças no coração varia entre 18% e 21%. Com o intuito de diminuir esses índices, o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), lidera no Estado, em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), o projeto Pulsando Vidas. A iniciativa propõe o cuidado especializado em cardiopatia congênita no âmbito da rede pública, estabelecendo uma rede de cuidados do recém-nascido, que inclua uma jornada digital — pela telemedicina — e uma jornada física.
Os primeiros resultados do projeto serão apresentados em evento híbrido que ocorre na sexta-feira (23), a partir das 8h, no auditório Moinhos. As inscrições já estão abertas no site do hospital. Atualmente, o projeto, que teve início no final de 2022, está pactuado com cinco maternidades do RS e uma em Manaus, tendo mais sete centros em prospecção no Brasil.
Segundo a liderança operacional do Projeto Pulsando Vidas do Hospital Moinhos de Vento, Juliana Comerlato, o principal objetivo da iniciativa é estabelecer uma rede de cuidados do recém-nascido prematuro ou a termo que sofre de cardiopatia congênita. “No cenário Rio Grande do Sul, quando é identificado um bebê com condição cardiológica elegível para tratamento por cateterismo nas maternidades pactuadas, ele é acompanhado remotamente através da nossa equipe médica por telemedicina, e confirmando o diagnóstico e a possibilidade de tratamento por cateterismo, o paciente é transferido ao Moinhos de Vento, sendo assistido até a sua alta cardiológica, quando retorna para sua maternidade de origem”, esclarece.
Além de otimizar o cuidado dos pequenos pacientes com cardiopatias passíveis de tratamento (por cateterismo), o estudo busca criar protocolos de tratamento que serão disseminados junto às maternidades da rede pública de saúde do país. “O Hospital Moinhos de Vento inova na construção desta rede de cuidados, pois através das ferramentas de telemedicina disponíveis no projeto e do aperfeiçoamento dos profissionais envolvidos, agilizamos diagnóstico, manejo e tratamento deste bebê, obtendo melhores desfecho e qualidade de vida”, reforça o responsável técnico do projeto, João Manica. Ele destaca ainda a necessidade de treinamento junto aos profissionais envolvidos no processo, atingindo toda a rede multiprofissional.