Hospital São Camilo adere à campanha Setembro Amarelo iluminando fachadas

O mês de setembro é marcado no país inteiro por ações de combate à ansiedade e depressão, entre outros esgotamentos mentais. Entendendo a importância do tema e o impacto da saúde mental na qualidade de vida e bem-estar da população, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo aderiu à campanha Setembro Amarelo, iluminando suas fachadas das Unidades Ipiranga, Santana e Pompeia.

O objetivo da Rede é chamar a atenção para um dos problemas considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal causa de incapacidade.

Segundo dados da entidade, mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com depressão. Já no Brasil, são registrados os mais altos índices da América Latina, com 5,8% de casos.

Para a psicóloga da Rede Natália Reis Morandi, falar sobre o assunto é fundamental. “Ainda hoje, desmitificar a saúde metal é um trabalho árduo, porém importantíssimo. Quanto mais o tema for debatido, mais pessoas poderão ser ajudadas a diagnosticar e tratar doenças como a depressão e a ansiedade”, destaca.

Falar sobre depressão torna-se ainda mais necessário no cenário atual, após tantos meses vivenciando os efeitos da pandemia de Covid-19. A psicóloga frisa que o período de isolamento social pode desencadear ou agravar um quadro de depressão ou ansiedade, potencializando sinais que merecem atenção redobrada.

“Alterações de humor, irritabilidade constante, insônia ou excesso de sono e alterações no apetite são sintomas de que algo não vai bem com a saúde mental”, destaca. Neste momento, segundo ela, é necessário observar a intensidade e frequência dos sinais e procurar apoio profissional.

Dessa forma, campanhas como esta são cruciais para trazer esclarecimento à população e permitir que muitos que vivem com a doença ou que tenham percebido alterações neste período tenham a chance de buscar o melhor tratamento.

Além de iluminar suas fachadas, o Hospital São Camilo também divulgará informações sobre cuidados, sintomas, diagnóstico e tratamento de transtornos mentais nas redes sociais, e reforçará junto aos seus profissionais as orientações sobre métodos preventivos e tratamentos.

Como a depressão se manifesta?

Natália explica que um dos pontos mais importantes ao avaliar um quadro de depressão é observar a duração dos sintomas e sua intensidade. Quanto mais tempo duram, alternando entre intensidade moderada ou grave, maior o risco de comprometimento à saúde do indivíduo de maneira geral.

“Além do sofrimento e sentimento constante de inadequação, a depressão afeta a produtividade e a socialização, impactando sua vida familiar, profissional e econômica”, alerta.

A psicóloga do São Camilo ressalta que a depressão pode ter causas multifatoriais, resultado de uma complexa relação entre fatores externos e internos, podendo também ser desencadeada por eventos adversos como a perda de alguém, desemprego ou um trauma.

“É por essa razão que a pandemia nos coloca em alerta: estamos vivendo uma situação extrema e singular, cujos fatores aumentam o risco de surgimento de manifestações psicopatológicas”, lembra.

Vale frisar que isolamento social não significa isolamento afetivo. Natália recomenda que as pessoas busquem manter contato com entes queridos.

“Seja por mensagens nas redes sociais, seja por chamadas de vídeo, falar com amigos e familiares constantemente diminui o sentimento de solidão e possibilita a troca de experiências, aliviando o peso do isolamento.”

E caso seja identificado qualquer sinal descrito acima ou diante de um quadro crônico já diagnosticado, é necessário procurar orientação profissional. “Psicólogos e médicos psiquiatras, juntos, poderão determinar qual o melhor tratamento para cada caso”, finaliza a especialista.

Redação

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