IA chega aos hospitais da Rede Américas para ajudar na detecção precoce do câncer de pulmão

A Rede Américas, segunda maior rede de hospitais privados do Brasil, acaba de anunciar o uso inédito em suas unidades de Inteligência Artificial no rastreamento precoce do câncer de pulmão. A tecnologia será integrada aos exames de raio-x e tomografia realizados do pronto-atendimento dos hospitais Nove de Julho, Samaritano Higienópolis e Alvorada Moema, referências em cuidado de qualidade em São Paulo, marcando para uma nova etapa de aplicação da IA para leitura de exames de imagem.

Com a tecnologia, a Rede Américas espera ampliar significativamente a detecção de câncer de pulmão em fases iniciais, momento em que as chances de cura mediante tratamento são maiores, chegando a até 92%. A literatura médica indica ainda que o uso de inteligência artificial pode mais que dobrar a taxa de identificação de nódulos em exames de raio-x, além de elevar a sensibilidade das tomografias para 90%,
reduzindo falsos positivos e agilizando a tomada de decisão.

“A IA será uma parceira do radiologista, apoiando o profissional na detecção de nódulos pulmonares e padrões de imagem que sugiram alguma alteração. O objetivo é ampliar a qualidade e segurança dos diagnósticos, promovendo melhores desfechos clínicos para os pacientes”, explica Gustavo Alfredo Duarte Henriques Pinto, Diretor Médico de Diagnóstico, Inovação, Ensino e Pesquisa da Rede Américas.

A iniciativa permite que o rastreio integre cuidado humano ao atendimento, antes que qualquer medida seja tomada. Após a realização do exame, as imagens são analisadas pela inteligência artificial, que identifica possíveis achados suspeitos. Esses casos passam por curadoria médica especializada e, quando confirmados, são encaminhados para as equipes de oncologia dos hospitais, que comunicam o paciente e
proporcionam todo o suporte clínico necessário.

“Estamos falando de um volume de mais de 8 mil exames de raio-x e 1,8 mil tomografias por mês, o que amplia consideravelmente o potencial de rastreamento e acesso ao diagnóstico precoce em pacientes que confiam nos nossos hospitais”, explica o diretor. Um levantamento inédito da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), relevou que embora 82% das instituições privadas de saúde utilizem algum tipo de solução baseada em IA, 74% delas ainda se consideram pouco preparadas o uso da tecnologia nas áreas clínicas nos próximos dois anos.

Em um sistema de saúde que ainda enfrenta desafios de fragmentação, a Rede Américas tem investido em soluções que integram tecnologia e cuidado clínico para aprimorar a jornada do paciente. No Hospital Nove de Julho, por exemplo, a inteligência artificial já vem sendo utilizada no apoio à diagnósticos de arritmias por meio da análise de eletrocardiogramas. A IA reduziu o tempo médio de análise de eletrocardiogramas para 2 minutos e 39 segundos. O sistema realiza uma pré-triagem em 7 segundos, identificando casos que podem necessitar de atenção imediata.

Redação

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