O procedimento também conhecido como Radioterapia Interna Seletiva (SIRT, na sigla em inglês) é um tratamento locorregional transarterial que entrega microesferas radioativas, carregadas com Ítrio-90 (Yttrium-90) diretamente no tumor por meio de técnicas de cateterismo arterial hepático.
A médica Marcia Tavares, coordenadora de Medicina Nuclear do IBCC Oncologia, ressalta que “o tratamento tem o benefício de ser realizado apenas por uma punção vascular na região inguinal”. No caso específico, o paciente trata um câncer hepático desde 2016 e o procedimento foi feito sob anestesia local.
Trata-se de opção para pessoas com tumores inoperáveis no fígado, tanto primários como metastáticos, que não tiveram sucesso em outros tratamentos. A técnica pode ser aplicada, ou não, paralelamente ao tratamento quimioterápico. Além de retardar o avanço da doença, ela melhora a qualidade de vida do paciente com câncer.
Antes de ser realizada, a radioembolização requer um mapeamento vascular do tumor para a verificação de qualquer comunicação com outros órgãos, pelo risco de migração para locais indesejados.
Para o Dr. Francisco Leonardo Galastri, radiologista intervencionista, do IBCC Oncologista, “a radioembolização não cura o câncer, mas reduz consideravelmente o tamanho do tumor e evita que ele cause mais danos ao paciente”, destaca o médico que é um dos responsáveis pelo tratamento no hospital.
O Dr. Francisco ressalta ainda que, “o IBCC mantem caráter de vanguarda no cenário nacional do tratamento oncológico e pode oferecer aos pacientes mais uma arma poderosa e eficiente no combate ao câncer”, finaliza.
A radioembolização hepática com Ítrio-90 foi realizada pela primeira vez em 2014 no Brasil, entretanto, até este momento, somente cinco hospitais do país estão credenciados à execução dessa técnica, dada a necessidade de estrutura associada a recursos humanos específicos a este fim.