Entre os meses de agosto e dezembro, o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) realiza mais uma edição da disciplina Grandes Endemias, um curso que traz especialistas das mais diversas áreas para discutir temas de extrema relevância para a saúde pública, como a Covid-19, a Varíola dos Macacos e a Influenza.
Realizado desde 2015, o curso é uma disciplina optativa da graduação em Ciências Biomédicas e dos programas de pós-graduação do Instituto. As palestras ocorrem presencialmente, mas contam com transmissão simultânea pelo YouTube do ICB. “No YouTube, as aulas são abertas e gratuitas, todos são bem-vindos. Elas também ficam gravadas para consultas posteriores”, afirma Alejandro M. Katzin, um dos coordenadores do curso e professor do Departamento de Parasitologia. Katzin divide a coordenação com os professores Lourdes Isaac (Departamento de Imunologia), Rita de Cássia Café Ferreira e Carlos Taborda (Departamento de Microbiologia).
“É uma disciplina que pode interessar não só a estudantes da área da saúde, por isso buscamos disseminar os conteúdos para além da Universidade, com a linguagem mais acessível possível”, complementa o docente.
O curso, que teve início no dia 18 de agosto com a palestra Estado da Arte das Doenças Infecciosas no Brasil, ministrada pelo Prof. Marcos Boulos, da Faculdade de Medicina da USP, é dividido em 16 aulas. Cada aula tem uma duração média de três horas, totalizando uma carga horária de 60 horas. Serão oferecidos quatro créditos aos alunos do ICB-USP que concluírem a disciplina.
Programação – Nas aulas, os convidados falarão sobre a origem, formas de transmissão, medidas de controle, novas alternativas de tratamento, além dos aspectos sociais e econômicos relacionados às principais endemias (doenças infecciosas que se manifestam habitualmente em uma região).
Além das enfermidades de maior preocupação no momento, um foco especial será dado às doenças negligenciadas, grupo que inclui a tuberculose, a sífilis e as arboviroses (Dengue, Zika, Febre Amarela e Chikungunya). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças negligenciadas são aquelas que muitas vezes não despertam o interesse da indústria farmacêutica em desenvolver vacinas e tratamentos eficazes, já que afetam populações com poucos recursos financeiros.
