A BD, uma das maiores empresas de tecnologia médica do mundo, acaba de estabelecer uma aliança com o Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP) que determina a aplicação correta de protocolos em prol da segurança do paciente em ambiente hospitalar.
O hospital Vila Nova Star, integrante da Rede D’Or, é o primeiro hospital a receber o reconhecimento pela a implementação do Programa de Gerenciamento de Acesso Vascular, do inglês VAM – Programa Vascular Access Management, com chancela do IBSP.
“A implementação desse projeto é de suma importância para nós, uma vez que nos auxilia na redução de complicações comuns em ambiente hospitalar. Após o início do projeto, por exemplo, reduzimos cerca de 40% das situações de riscos relacionadas a essas complicações. Todas as melhorias foram realizadas de forma colaborativa, engajando todos no mesmo propósito, pois é, através do engajamento do corpo assistencial, que se garante uma assistência segura e perene”, explica Giseli Rodrigues de Carvalho, Gerente Assistencial no Hospital Vila Nova Star.
Ao implementar o programa, cada instituição passa por uma avaliação minuciosa realizada por especialistas que irão diagnosticar quais protocolos e práticas são aplicados no dia a dia no local. Após o mapeamento, são elaboradas recomendações relacionadas às políticas, processos e inovações que serão executadas num período que varia entre nove e doze meses. O hospital só recebe o reconhecimento depois de passar por uma nova avaliação e mostrar resultados positivos com a implantação do projeto.
Durante o período, cinco critérios são analisados: prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), prevenção de trombose e evento adverso relacionado ao uso de cateteres centrais de inserção periférica (PICC), seleção de dispositivo vascular adequado à terapia intravenosa, adesão aos protocolos de manutenção segura do acesso venoso de acordo com referências nacionais e internacionais e, por fim, análise de risco para reduzir complicações associadas às terapias intravenosas.
“Os parâmetros escolhidos seguem os protocolos já estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas que ainda apresentam dificuldades em sua correta aplicação pelos hospitais. Com esse programa, queremos mostrar que a partir da priorização dos problemas de segurança e do apoio incondicional da liderança estratégica, é possível reduzir infecções e outros problemas comuns dentro dos hospitais, promovendo assim a redução de incidentes e eventos adversos relacionados à terapia intravascular”, explica Karina Pires, fundadora e diretora do IBSP.
Segurança do paciente para além dos hospitais
De acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), eventos adversos relacionados à segurança do paciente resultam em três milhões de mortes anualmente no mundo.
“Aproximadamente, 90% dos pacientes hospitalizados utilizarão terapia intravenosa, então, imagine quantos profissionais estarão envolvidos na manipulação desses dispositivos durante o período de internação? As chances de contaminação são grandes e protocolos de segurança em situações como essa são fundamentais”, diz Fernanda Rodrigues, Supervisora de Qualidade no Hospital Vila Nova Star.
O Programa VAM foi desenvolvido pela BD em 2017 para auxiliar hospitais e instituições de saúde a implementarem os protocolos de segurança do paciente em diversos países. No Brasil, o programa chegou em 2019, segue a orientações definidas pela Anvisa e já está presente em 110 instituições em todo o país.
“Nosso principal objetivo é munir a equipe de saúde e gestores com o que há de mais atual em termos de segurança do paciente, pois ao implementar esses protocolos estamos proporcionando também uma melhor gestão da saúde. Todos ganham”, explica Fernando Moresco, líder de negócios Medical Delivery Solutions da BD Brasil.
O executivo explica que o Programa VAM já foi implementado em algumas instituições no Brasil, mas que a chancela do IBSP reforça que o programa segue padrões rigorosos para assegurar que os protocolos de segurança do paciente sejam seguidos.
“Em média, a adesão ao programa reduz em 32% as complicações e diminui em 40% a taxa de infecções. Além disso, nosso monitoramento mostra uma redução de 33% relacionada a custos associados à segurança do paciente”, conclui Carlos Damacesno, especialista clínico da BD, responsável pelo programa no Brasil.