A campanha de vacinação contra a Covid-19 e a manutenção das medidas de prevenção contra a doença mostram seus resultados em todas as áreas. E, com a melhora dos índices de internações em todo o país, os hospitais têm retomado a realização de cirurgias eletivas, que chegaram a ser suspensas em diversos Estados durante o período mais crítico da pandemia, chegando a um patamar de quase 70% de queda. Entre as maiores preocupações das sociedades médicas estão a orientação aos pacientes para que voltem a programar e se preparar para essas intervenções que, muitas vezes, são cruciais para as suas vidas, bem como as suas situações clínicas, que podem ter se deteriorado por conta do adiamento da operação.
É consenso entre os profissionais da área que o represamento de cirurgias, além de aumentar o risco de morte de pacientes, pode sobrecarregar o sistema de saúde no período pós-pandemia. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil deixou de realizar pelo menos 2,8 milhões de cirurgias eletivas entre março e dezembro de 2020, em função da pandemia, em todo o País. No geral, esse número representa uma queda de 38% nos procedimentos cirúrgicos em relação ao mesmo período do ano anterior.
Mesmo com o aparecimento de novas cepas, a vacinação contra a Covid-19 no Brasil está em estágio avançado (cerca de 90% da população brasileira já recebeu pelo menos uma dose do imunizante), os especialistas preveem alta expressiva na demanda por cirurgias, em especial em pacientes com doenças em estágio agravado que pretendem retomar seus tratamentos. Nesse sentido, além das orientações específicas fornecidas pelo médico especialista, os pacientes têm na consulta prévia à cirurgia com o anestesiologista a avaliação adequada sobre suas condições gerais de saúde, que lhe darão um panorama sobre a viabilidade ou não de passar pelo procedimento operatório.
Essa avaliação é crucial para a segurança do paciente. Nela, são analisados seu histórico de doenças, realização prévia de cirurgias e medicamentos em uso, entre outros fatores. A partir desse diagnóstico, o anestesiologista irá oferecer orientações gerais sobre o procedimento e sugerir as opções mais adequadas de técnicas anestésicas a serem adotadas na operação, evitando reações alérgicas e, principalmente, que o paciente sinta dores ou grandes desconfortos durante o procedimento.
Além do próprio medo de se contaminar, já que a covid-19 não está totalmente erradicada, parte dos pacientes ainda teme, por desconhecimento, os efeitos da anestesia. Pesquisa da Sociedade Americana de Anestesiologia apontou que 75% dos pacientes têm medo de anestesia, e que até 25% adiam o procedimento operatório por receio de riscos no procedimento. E é na consulta prévia com o anestesiologista que eles têm a chance de se livrarem dos tabus sobre o tema, esclarecerem dúvidas e revisar informações importantes para a segurança do ato anestésico.
Independente do tipo, qualquer procedimento exige a atuação de um anestesiologista para viabilizar a ação do cirurgião ou do exame a ser realizado. E a participação, fundamental, do responsável pela anestesia não ocorre somente antes do procedimento. “Ele é responsável por dosar a quantidade de fármacos necessária em cada etapa da operação, tendo que colher informações sobre o estado do paciente enquanto usa sua capacidade preditiva para antecipar as próximas intervenções necessárias para que ele não sinta dores”, explica o médico anestesiologista, Diogenes Silva, CEO da Anestech.
Nesse contexto, a adoção de tecnologia vem se tornando fundamental para aumentar a segurança do procedimento. “O volume de informações a que o anestesiologista está submetido durante a cirurgia é imenso, e a inteligência artificial é um artifício que permite que o profissional se concentre nas necessidades do paciente, sem ter que dividir o foco com o cruzamento dos dados”, afirma o executivo. O aplicativo AxReg, desenvolvido pela Anestech, realiza essa função, reunindo a ficha anestésica e o plano operatório de forma totalmente digital, melhorando o fluxo de trabalho do anestesiologista e oferecendo a ele uma gestão de dados de alta performance. O aplicativo realiza a integração, rastreamento, análise e entrega de dados ao profissional em tempo real dentro da sala de cirurgia.
A ferramenta, que é utilizada por milhares de anestesiologistas em cerca de 1.400 instituições médicas e hospitalares de todo o Brasil, tem sido reconhecida como referência em inovação por toda a área médica e recebido premiações, dentre as quais o Empreenda Saúde 2021, em que concorreu com 300 empresas da área no país, levando a Anestech a representar o Brasil na etapa mundial do concurso, o Global eAwards.