Isolamento social diminui em 11,37% número de vítimas de acidentes atendidas no Hospital Cajuru

Nos dez primeiros meses de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019, o Hospital Universitário Cajuru (HUC), de Curitiba (PR), registrou queda de 11,37% no número de atendimento a vítimas de traumas causados por acidentes. Dos 8.535 atendimentos realizados no ano passado, o número caiu para 7.565 neste ano. A queda está relacionada com as medidas de isolamento social.

Apenas os meses de janeiro, março e maio tiveram mais atendimentos a acidentes em 2020 na comparação com 2019. O pico de vítimas registrado pelo HUC ocorreu em março, quando 898 pessoas receberam atendimento. Setembro foi o mês com menos casos direcionados ao HUC em 2020: 637 ao todo.

Mesmo com a queda, na semana em que é celebrado o Dia Mundial em Homenagem às Vítimas de Acidentes de Trânsito (15 de novembro), o Coordenador Médico do HUC, dr. José Fernando Pereira Rodriguez, faz um alerta para a população: os recentes relaxamentos das medidas de isolamento social podem provocar um avanço no número de vítimas, em meio a uma pandemia que ainda não acabou. “A prevenção para salvar vidas no trânsito deve ser constante e redobrada neste momento de pandemia”, explica.

Menos isolamento e mais acidentes

O médico explica que, com o reordenamento de atendimentos do SUS na pandemia, o HUC passou a receber casos de traumas que antes eram direcionados a outros hospitais que agora possuem alas para Covid-19, já que o HUC não é referência para casos de Coronavírus. Por isso, segundo Rodriguez, os cuidados para evitar acidentes são essenciais para sustentar o bom funcionamento do sistema de saúde como um todo. “Quanto mais gente estiver na rua, mais acidentes acontecem e isso aumenta a ocupação de vagas”, afirma.

O HUC é um hospital filantrópico que recebe demandas 100% vindas do SUS, sendo referência para casos que envolvem trauma. As vítimas de acidentes de trânsito são encaminhadas pelo SAMU e pelo SIATE, que fazem os primeiros atendimentos dos pacientes. Segundo o dr. Rodriguez, o suporte prévio dado pelos socorristas é fundamental para que pacientes, principalmente aqueles em estado mais grave, cheguem ao hospital com mais chance de recuperação.

Atendimento humanizado

Além da urgência e emergência que funcionam 24 horas por dia, o paciente recebe a continuidade do atendimento necessário em especialidades como neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral. Seja qual for a especialidade, o corpo clínico preza humanização do atendimento, que leva em consideração não apenas a doença ou o trauma, mas o ser humano. “Desde a entrada do paciente e de familiares no pronto socorro, toda a assistência social e espiritual necessária é realizada nesse momento de dificuldades. Esse suporte humanizado passa inclusive pelo atendimento médico e de enfermagem, até a alta do paciente”, explica o dr. Rodriguez.

Redação

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