Membrana de celulose auxilia no tratamento de pacientes com Covid-19 na UTI

Cerca de 5% dos pacientes com quadro grave de Covid-19 precisam ir para as unidades de tratamento intensivo e passar pelo procedimento de ventilação mecânica no qual ficam durante todo o tempo de bruços, a chamada posição de prona. Esta posição auxilia na melhora respiratória, facilitando a capacidade pulmonar e a oxigenação do paciente.

“A posição de prona auxilia na expansão pulmonar, mas traz um outro problema, que são as lesões na pele devido a fricção ou atrito do corpo com a cama e com os dispositivos Essas lesões poder ser superficiais ou profundas e de difícil cicatrização”, conta a enfermeira Ana Paula Santos.

Ficar a todo momento de bruços ocasiona lesões principalmente na orelha, narinas, lábios, tórax, abdômen e região da genitália. “A gravidade das lesões está associada às questões multifatoriais às quais o paciente está exposto, mas a grande maioria deixa a UTI com alguma lesão”, explica ela.

O tratamento varia de acordo com o paciente, mas grande parte dos hospitais, principalmente no estado do Paraná, estão utilizando uma membrana à base de celulose para acelerar a cicatrização da pele. “Utilizamos a membrana para promover a aceleração da cicatrização e diminuição da dor, o que contribui para o bem-estar do paciente”, diz.

A membrana utilizada é a Membracel, um produto nacional desenvolvido pela Vuelo Pharma, indústria farmacêutica especializada em produtos altamente tecnológicos. “A Membracel está sendo crucial na pandemia e estamos felizes em poder ajudar em um momento tão difícil. O produto tem uma ótima relação custo x benefício para os hospitais e trata os pacientes em tempo recorde”, informa Thiago Moreschi, sócio diretor da Vuelo Pharma.

Além das características da membrana de celulose, que interferem no tempo de cicatrização e na dor, outro ponto positivo é o preço, que é muito inferior ao tratamento tradicional. “Em sua maioria as lesões tendem a ser tratadas com curativos realizados duas vezes ao dia ou de forma diária. Já a membrana permite um espaço maior no intervalo de troca dos curativos e assim podemos acompanhar a lesão sem necessidade de removê-la todos os dias. Desta forma conquistamos um resultado melhor na evolução do tratamento”, detalha Ana Paula.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.