Em menos de 20 anos o mundo passou por uma transformação intensa em que o fluxo e volume de informações são imensos e as decisões precisam ser tomadas com agilidade e exatidão. Fazer uso de uma ferramenta de gestão hospitalar completa, no entanto, tornou-se fundamental para obter melhoria de processos assistenciais e de resultados financeiros. Para resolver este cenário, o DRG (Diagnosis Related Groups) se tornou um dos maiores aliados.
Utilizado por vários hospitais do Brasil e entidades e operadoras de serviços de saúde de países da América do Norte, Europa Ocidental, África do Sul, Ásia e Oceania, o DRG foi desenvolvido nos anos 60, nos EUA, sendo uma ferramenta de classificação de pacientes internados agudos que combina um conjunto de variáveis (CID, comorbidades associadas, idade, procedimentos, complicações) que tem consumo homogêneo de recursos, possibilitando realizar diversos tipos de análises, tanto de cunho econômico, quanto assistencial.
O Hospital Fornecedores de Cana de Piracicaba (SP), que está utilizando a metodologia DRG, com apoio da consultoria da Planisa, empresa líder em soluções de gestão de resultados para as organizações de saúde, fez investimento inicial na qualificação dos enfermeiros (analistas de informação em saúde – codificadores), os quais iniciaram o trabalho codificando as altas.
As codificadoras após a fase inicial passaram a dominar a utilização da ferramenta, que possibilita a troca de informações e melhorias dos processos internos entre as demais áreas da instituição. Em paralelo, utilizam o suporte da consultoria da Planisa que realiza mensalmente análises e validações do banco de dados, de forma a garantir informações com qualidade.
“Na jornada diária de um hospital, o DRG é como um GPS, ele nos dá agilidade e precisão para escolher o melhor caminho, e com a consultoria da Planisa, seguir as coordenadas deste GPS otimizou ainda mais nossos resultados”, afirma o Dr. Miki Mochizuki, diretor técnico do Hospital Fornecedores de Cana de Piracicaba (HFCP). O hospital tem a consultoria desde agosto de 2017.
Marcelo Carnielo, diretor técnico da Planisa, explica que o DRG permite gerenciar os eventos adversos geralmente subnotificados, além de realizar trabalho de conscientização, com melhoria contínua de processos. “No HFCP nossas análises permitiram, por exemplo, definir ações para redução de pneumonias e infecções relacionadas à ventilação mecânica, atuação sobre as altas tardias, ações para redução de partos prematuros e protocolo de alta de RN e ações para otimizar o tempo de internação de pacientes com fratura de fêmur”, esclarece.
O executivo demostra ainda o resultado sobre o tempo de permanência de cirurgias de fratura de fêmur no hospital, antes de 6 a 13 dias, hoje em 3,8 dias. “Somente neste quadro, houve uma economia considerável em diárias hospitalares, permitindo mais acesso de pacientes”, conclui Carnielo.
Atualmente o hospital está realizando também a codificação admissional, onde é possível acompanhar a previsão de tempo de internação caso a caso e desta forma monitorar a eficiência no uso do leito, em busca dos melhores resultados assistenciais e financeiros.
Os trabalhos com o DRG são uma oportunidade de avaliação dos processos internos, que reflete na melhoria da produtividade hospitalar, na qualidade assistencial e na oportunidade de melhoria de uso de recursos para as instituições.