Hospital é primeiro do Sul em registro sobre emissão de gases do efeito estufa

Instituição participa do mercado livre de energia elétrica, com fonte 100% renovável, de origem fotovoltaica. Foto: Karine Viana

Criado em 2008, o Programa Brasileiro GHG Protocol é responsável pelo desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de gases do efeito estufa (GEE), adaptado ao contexto do país. A iniciativa contempla o registro público de emissões, que conta com a maior base de inventários sobre esse tema na América Latina, estimulando as organizações a investirem em responsabilidade socioambiental.

O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), tornou-se a primeira instituição hospitalar do Sul do Brasil a integrar esse registro público, com a publicação de seu primeiro inventário completo de GEE. Como reconhecimento à iniciativa, recebeu o Selo Prata do GHG Protocol. Em todo o país, apenas 192 empresas de diversos setores participam do programa.

Supervisor de Gestão Ambiental do Hospital Moinhos, Rogério Almeida da Silva explica que o processo para conquistar o selo durou um ano, com o levantamento de todas as informações exigidas pelo inventário. “Isso traz credibilidade para a marca e demonstra nosso engajamento em busca da neutralização das emissões desses gases”, afirma.

Rogério acrescenta que, agora, o Moinhos avançará para a mitigação dos impactos dessas emissões, bem como neutralizar parte delas por meio da compra de energia de fontes renováveis. “Essas ações reforçam nosso compromisso para reduzir os impactos ambientais, trazendo benefício não apenas para o paciente, mas para toda a sociedade”, completa.

Destaque em sustentabilidade

O selo do GHG Protocol se soma a outras iniciativas do Hospital Moinhos de Vento na responsabilidade ambiental. A instituição conta com o Bosque Schwester Ires Spier, um espaço de três mil metros quadrados e cerca de 800 árvores, de 86 espécies diferentes. A área se destaca pela diversidade e pela ocorrência de aves pouco comuns no meio urbano.

São desenvolvidas iniciativas como uma estufa agrícola de 100 m², onde são cultivados vegetais com adubo produzido numa composteira (a partir de restos da produção de alimentos da instituição). O plantio é feito pelos colaboradores, em ações de Educação Ambiental. O hospital promove também o uso racional de água, com estabilizadores de vazão que permitem a economia de 5.000 m³ mensais e da energia elétrica, com a substituição de todas as lâmpadas com flúor de mercúrio por mais de 16 mil dispositivos LED.

Desde 2016, o Moinhos de Vento também participa do mercado livre de energia elétrica, com fonte 100% renovável, de origem fotovoltaica e atestada por um selo de garantia do parceiro gerador, a francesa ENGIE. “Cuidar de vidas está na essência do hospital. E nós estendemos nosso braço de cuidado para muito além de nossos muros. O compromisso com o meio ambiente tem foco na preservação para as próximas gerações, que seguirão esse legado”, afirma Evandro Moraes, Superintendente Administrativo do hospital. Ele acrescenta que a instituição busca, ainda em dezembro deste ano, a certificação ISO 14001, visando implantar as melhores práticas em seu sistema de gestão ambiental.

Redação

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