O novo programa de monitoramento digital do IQG Health Services Accreditation, implantado em agosto, comemora a marca de 120 instituições participantes. A iniciativa brasileira, voltada para organizações de saúde que já contam com Acreditação, serviu de inspiração para projetos na Europa e no Canadá.
Rubens Covello, CEO do IQG, explica que um dos objetivos do monitoramento é analisar a correlação entre políticas e práticas nas instituições de saúde. “Nós monitoramos e avaliamos a maturidade de governança. Queremos ver como a visão estratégica da instituição e o dia a dia do cuidado se relacionam.”
Por meio do acompanhamento, hospitais, clínicas, laboratórios e outros serviços acreditados continuam a desenvolver sua cultura da qualidade, o que promove mais segurança para pacientes e profissionais.
Para realizar o monitoramento digital, o IQG planeja quais serão os focos de análise, avalia documentos e executa entrevistas em grupos focais, por videoconferência. Participam desse processo a alta direção e as lideranças de áreas estratégicas da instituição, como Recursos Humanos, Suprimentos, Gerência Médica, Gerência de Enfermagem, entre outros.
Os avaliadores do IQG foram treinados para utilizar essa nova metodologia. O tempo médio do processo varia de acordo com a complexidade de cada instituição.
Processo de mudança
O novo modelo de monitoramento foi desenvolvido para que as instituições de saúde continuassem a desenvolver seus sistemas de gestão da qualidade, mesmo quando não fosse possível ter avaliações presenciais.
A implantação do método ocorreu em meio à pandemia de Covid-19, mas o Coronavírus não era o único desafio para a implantação do sistema. Para Covello, foi preciso mudar o modelo mental dos participantes. “O processo de manutenção das acreditações sempre foi realizado de forma presencial. Houve dúvidas no começas, mas, em pouco tempo os envolvidos entenderam que o método é seguro e bem direcionado”, explica.
À medida que a metodologia de monitoramento foi desenvolvida, outras vantagens desse processo foram verificadas. Uma delas é que, por não ser necessário ter deslocamento das equipes, pode ser realizado um número maior de monitoramentos com a mesma criticidade de uma avaliação presencial. Outra vantagem é a redução de custos para todas as partes, também em consequência de gastos com viagem e hospedagem dos times de avaliação.
