Monitorização do cérebro acontece em Fortaleza em evento de neurocirurgia pediátrica

A brain4care, healthtech brasileira pioneira no monitoramento de variações de volume/pressão dentro do crânio, marcará presença no Latin America Course in Pediatric Neurocirurgy 2022 (LACPN), que será realizado entre os dias 4 e 9 de abril em Fortaleza (CE). Durante o evento, os participantes poderão realizar a monitorização em tempo real para conhecer a tecnologia e entender como ela funciona (a caráter de conhecimento, sem diagnóstico no local).

De acordo com Gustavo Frigieri, diretor científico da brain4care, a tecnologia é importante para o diagnóstico de doenças neurológicas em crianças como hidrocefalia, tumor e cranioestenose (quando há o fechamento prematuro das suturas do crânio), além do acompanhamento pós-operatório. Em crianças, a tecnologia brain4care também se mostrou eficiente no acompanhamento da hipertensão intracraniana idiopática (HII). Bem-sucedida, essa operação inédita foi realizada em uma paciente com sete anos de idade e relatada no paper acadêmico “Non-invasive intracranial pressure monitoring in idiopathic intracranial hypertension and lumbar puncture in pediatric patient”.

“Antes, os dados sobre a pressão intracraniana eram obtidos somente no momento da cirurgia. Com a tecnologia brain4care, os médicos podem interpretar as alterações de complacência intracraniana antes da manifestação clínica dos sintomas causados por danos neurológicos”, explica Frigieri. A complacência intracraniana é um indicador de saúde neurológica e seu comprometimento leva à disfunção cerebral. Portanto, a contribuição na antecipação da identificação de distúrbios neurológicos e na pertinência das condutas gera impactos positivos e expressivos na segurança do paciente.

O diretor científico da brain4care ainda conta que, sem a tecnologia, a decisão do neurocirurgião é tomada com base em exame de fundo de olho, exame de imagem, avaliação neuropsíquica e percepção de sintomas. Com a monitorização, os dados da complacência intracraniana dão mais segurança ao médico para saber se há algum desequilíbrio.

A tecnologia funciona a partir de uma faixa com um sensor colocada em torno da cabeça do paciente, captando as pequenas movimentações do crânio e as enviando para a cloud da brain4care, onde um algoritmo calcula parâmetros relacionados à complacência intracraniana, como a relação entre os componentes do pulso da PIC, P1 e P2, que podem ser visualizadas e interpretadas pelo médico em qualquer dispositivo, como um celular ou tablet, conectado à internet. Tudo isso em tempo real, em menos de um minuto. O médico também recebe um relatório do monitoramento.

No Nordeste, a tecnologia está em uso em hospitais e clínicas de neurologia, como Memorial São José, em Recife (PE); Instituto Hippocampus Neurocirurgia e Fisioterapia, em Fortaleza (CE); Fundação de Neurologia e Neurocirurgia Instituto do Cérebro – Centro Neurológico São Jorge, em Salvador (BA); e Clínica Neurarte, em Teresina (PI). Nos EUA, pesquisas com a tecnologia estão sendo realizadas por grandes nomes como The John Hopkins Hospital e Cleveland Clinic. A tecnologia é aprovada pela Anvisa no Brasil e pela FDA, nos Estados Unidos.

Informações: www.lacpn.com.br

Redação

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