Nesta quinta-feira (8), é celebrado o Dia Mundial do Rim, que tem como objetivo conscientizar a população da importância da prevenção e diagnóstico precoce das doenças renais. A campanha é coordenada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e em 2018, o tema será “Saúde da Mulher – Cuide de seus rins”, já que a data é a mesma do Dia Internacional da Mulher.
Para comemorar as duas datas, o Hospital Anchieta, de Brasília (DF), realizará o talk show “Saúde em Dia com Mônica Nóbrega”, a partir das 11h, no hall do pronto-socorro. O bate papo contará com a presença de alguns especialistas e a comunidade poderá tirar todas as dúvidas durante o evento.
Segundo estimativas da Sociedade Internacional de Nefrologia, a doença renal crônica afeta aproximadamente 195 milhões de mulheres em todo o mundo, e atualmente é a 8ª principal causa de morte entre o sexo feminino, com cerca de 600 mil mortes por ano. “É um momento importante para a conscientização e a educação sobre a saúde renal da mulher com o intuito de incentivar a prevenção dos fatores de risco para as doenças renais, além do maior acesso à tratamentos, melhorando dessa maneira, os resultados em saúde”, alerta a nefrologista do Hospital Anchieta, Isabela Novais Medeiros.
Doenças renais
Os rins são responsáveis por controlar a eliminação de líquidos e toxinas resultados do funcionamento do nosso corpo, além de produzir hormônios que podem interferir na pressão arterial e produção de glóbulos vermelhos. “A doença renal ocorre quando os rins não são mais capazes de limpar as toxinas do sangue e realizar as suas funções plenamente. As doenças renais mais comuns são: Perda da função renal (insuficiência renal); Pielonefrite (infecção renal); Cálculos renais (pedra nos rins); Nefrites (inflamação renal) e tumores renais”, explica a especialista.
Como se manifestam
As doenças renais se apresentam de forma silenciosa. De acordo com a nefrologista, quando aparecem os sintomas, já podem estar em estado avançado. A doença renal impacta o organismo de diversas maneiras. Ela leva a um maior risco cardiovascular em função da calcificação excessiva nas artérias; aumenta o risco de anemia, falta de apetite, náuseas, subnutrição e perda de massa muscular.
“Outro ponto importante é que os rins exercem um papel importante no metabolismo da vitamina D e na regulação dos níveis de fósforo e cálcio. Dessa maneira, os pacientes com insuficiência renal podem desenvolver doenças dos ossos, que podem resultar em fraturas e dor óssea. O funcionamento da glândula endócrina também é afetado e pode causar problemas à fertilidade, ao desempenho sexual e à função da tireoide. O sistema nervoso pode ser afetado, levando a sintomas como entorpecimento nas extremidades (neuropatia), confusão ou letargia”.
Prevenção
As principais causas de doença renal crônica são a hipertensão arterial e o diabetes, principalmente quando não são tratados de forma adequada. Além disso, doenças renais familiares, obesidade, fumo, uso de medicações tóxicas ao rim, tais como os anti-inflamatórios são fatores de risco para doenças renais. A única forma de prevenção é evitar ou tratar esses fatores.
Praticar exercícios físicos regulares; Evitar o excesso de sal, carne vermelha e gorduras; controlar o peso corporal, a pressão arterial, o colesterol e a glicose; não abusar de bebida alcoólica; evitar desidratações; realizar exames laboratoriais para avaliar a saúde dos rins; não fazer uso de medicamentos sem prescrição médica, são algumas ações práticas de prevenção.
“A evolução da doença ocorre de forma silenciosa e assintomática, dificultando o diagnóstico precoce. Por isso, a realização de exames de laboratório são usados para detectar disfunções renais. Pessoas com boa saúde, em geral, devem fazer exames de detecção a cada um ou dois anos, como parte de seus exames médicos de rotina. Pessoas em risco de desenvolver doença renal, como os diabéticos ou hipertensos, devem fazer esses testes com uma maior frequência”, conclui a médica.