“Eu tinha dificuldade para urinar e isso me incomodava”, conta o empresário aposentado Antônio Carlos Gardenal, de 68 anos, sobre o motivo que o fez procurar por atendimento médico. “Nos exames, identificaram o câncer. Realizei uma cirurgia robótica urológica para retirar o tumor e hoje sigo em tratamento no Vera Cruz Oncologia, sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar e tomando os medicamentos para o controle da doença”, relata.
Segundo o urologista Bruno Resende, do Vera Cruz Hospital, a queixa do aposentado é um dos sintomas que podem aparecer em pacientes com diagnóstico do câncer de próstata. No entanto, o urologista ressalta que a maioria absoluta dos homens com a doença não apresenta sintomas e salienta a necessidade do rastreamento para que as chances de cura aumentem. “É importante que os homens realizem os exames de rotina para diagnosticar a doença ainda na fase inicial, que é quando ela não apresenta sintomas. Por isso, a grande importância da campanha de conscientização do Novembro Azul, para sensibilizar a população a procurar um médico, já que o câncer de próstata, quando descoberto na fase inicial, tem mais de 90% de chance de cura”, destaca.
Dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca) registraram 66 mil novos casos em 2020, o que corresponde a 29,2% dos tumores incidentes no sexo masculino. A instituição ainda destaca que a patologia é o segundo câncer que mais mata os homens, ficando atrás somente do câncer de pulmão. Os números ganham destaque em novembro, na campanha mundial de conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do cancro de próstata.
A patologia tem cura desde que seja descoberta precocemente, quando ainda está restrita ao órgão. O tratamento depende do estágio do diagnostico, além de fatores como idade, expectativa de vida e outras doenças associadas. “Todos os estágios têm tratamento. Mesmo em casos avançados, com a doença muitas vezes disseminada para outros órgãos como, por exemplo, os ossos. Há tratamentos eficazes e capazes de melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida desses pacientes”, adiciona o oncologista do Vera Cruz Hospital, com área de atuação focada em tumores urológicos, como o câncer de próstata, Adolfo José de Oliveira Scherr.
O oncologista explica que o câncer de Antônio Carlos é o tipo mais comum: um tumor maligno oriundo das glândulas da próstata, que, em sua maioria, acomete idosos. “Cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos”, conta. Em alguns casos, a doença pode se disseminar e acometer outras partes do corpo. “Quando há o espalhamento, em sua maioria, afeta os ossos e cria a necessidade do uso de medicações”.
Para os pacientes que precisam realizar o procedimento para a retirada da próstata no tratamento do câncer, o Vera Cruz Hospital conta com a plataforma robótica Da Vinci, que há dois anos propicia uma experiência inovadora de cuidado aos homens. Aos que precisam seguir com as medicações, a clínica Vera Cruz Oncologia disponibiliza os mais modernos tratamentos disponíveis. São sete consultórios pensados para facilitar a conversa entre médico, pacientes e familiares e outro espaço onde os pacientes em quimioterapia podem fazer o procedimento ao lado de um acompanhante, com conforto e comodidade.
A importância dos exames
Para que o diagnóstico não seja feito tardiamente e mais vidas possam ser salvas, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que os homens comecem a realizar os exames aos 45 anos. Para aqueles com histórico familiar da enfermidade ou de raça negra, a partir dos 40 anos.
“O rastreamento consiste em dois exames: um físico, feito pelo médico urologista no momento da consulta, que é o toque retal; e outro laboratorial, pela dosagem de uma proteína – o antígeno prostático específico, mais conhecido por sua sigla PSA – que, na maioria das vezes, está aumentada em casos de câncer de próstata”, esclarece Scherr, que ainda pontua o que pode ajudar no combate à enfermidade: “Mantenha uma dieta equilibrada, pobre em gorduras saturadas e mais rica em vegetais, grãos, peixes, além de fazer atividade física regular”.
“Qualquer manifestação deve ser investigada por um médico para descartar a patologia, que, quando diagnosticada precocemente, possibilita um tratamento mais efetivo. Grande parte dos tumores cresce de forma lenta e não chega a dar sinais. Por isso, a necessidade de realizar os exames periodicamente. Todavia, outros tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos”, salienta Resende.
Conheça os principais avanços no tratamento do câncer de próstata
Um a cada seis homens serão acometidos pelo câncer de próstata durante a sua vida. São cerca de 65 mil novos casos por ano no Brasil, de acordo com estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer), confirmando a alta prevalência da doença na população masculina. Na fase 1, a mais precoce do tumor, que atinge de 30% a 40% dos pacientes diagnosticados com a doença, o paciente pode não ser tratado imediatamente. Ele pode seguir com uma vigilância ativa, através de avaliações clínicas, exame de PSA periódicos e eventualmente rebiópsia. Já em pacientes com doença localizada mais agressiva, o tratamento imediato é necessário, seja com uma cirurgia conhecida como prostatectomia radical, ou seja, a remoção da próstata, das vesículas terminais e dos gânglios, ou a radioterapia em associação com um tratamento de bloqueio hormonal, que diminui os níveis de testosterona, o principal nutriente das células malignas prostáticas.
Todo esse artesanal começa agora a ganhar reforço com novas terapias que intensificam os tratamentos, apresentadas recentemente no ESMO 2021 (European Society for Medical Oncology), um dos mais importantes congressos de oncologia do mundo. De acordo com o médico Fernando Maluf, diretor médico associado do Centro de Oncologia e Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, os estudos alcançaram melhores resultados de sobrevida com uma boa qualidade de vida para os pacientes.
Um dos trabalhos conhecido como STAMPEDE focou nos pacientes com doença localizada, mas com características adversas. O tratamento intensificado associou o tratamento padrão (radioterapia e diminuição da testosterona por meio de injeções) a um novo remédio chamado abiraterona, que bloqueia a produção da testosterona na glândula suprarrenal. “O bloqueio duplo, com a terapia de dois medicamentos mais radioterapia, promoveu resultados de cura e de sobrevida melhores do que o bloqueio simples”, explica o médico. O medicamento, entretanto, não deve ser usado em todos os pacientes com doença localizada. “Devemos analisar caso a caso. Mas este é um tratamento extremamente importante porque muda a prática médica para um grupo selecionado de pacientes com algumas características de mais alto risco”, diz.
Já para a doença metastática, quando o câncer já atinge outros órgãos, um estudo apresentado no congresso chamado PEACE 1 trouxe uma estratégia mais intensa de tratamento. “No passado, os tratamentos eram feitos somente com injeções que diminuem a testosterona produzida no testículo. Vieram várias drogas quimioterápicas e não quimioterápicas que, associadas com a diminuição da testosterona pela injeção, mostraram melhores resultados”, explica o médico. O novo estudo avaliou a eficácia da injeção, com quimioterapia associada a mais um inibidor do hormônio masculino no tratamento, ou seja, a utilização de três drogas ao invés de duas. “Os resultados foram melhores e mais animadores, prologando a vida das pessoas”, comemora o médico Fernando Maluf.
De acordo com o especialista, o tratamento do câncer de próstata foi um dos que mais evoluiu em favor dos pacientes nos últimos tempos e as novas terapias apresentadas no ESMO já começam a ser utilizadas na BP.
Referências:
STAMPEDE (Annals of Oncology 32: abstr LBA4_PR, 2021) – Disponível em <oncologypro.esmo.org/meeting-resources/esmo-congress-2021/abiraterone-acetate-plus-prednisolone-aap-with-or-without-enzalutamide-enz-added-to-androgen-deprivation-therapy-adt-compared-to-adt-alone-fo> ou mocbrasil.com/blog/cobertura-de-congressos/esmo-2021-gu-prostata-dr-daniel-vargas
PEACE 1(Annals of Oncology 32, abstrc LBA5_PR, 2021) – Disponível em oncologypro.esmo.org/meeting-resources/esmo-congress-2021/a-phase-iii-trial-with-a-2×2-factorial-design-in-men-with-de-novo-metastatic-castration-sensitive-prostate-cancer-overall-survival-with-abirateron ou mocbrasil.com/blog/cobertura-de-congressos/esmo-2021-gu-prostata-dr-daniel-vargas
Instituto do Câncer de Brasília faz um alerta para a importância dos cuidados com a saúde masculina
Novembro é o mês mundial do combate ao câncer de próstata. A campanha chamada Novembro Azul, criada em 2008, além de promover a conscientização contra a doença, também busca mostrar a importância dos cuidados com a saúde masculina. No Brasil, estima-se que o câncer de próstata seja a causa de morte de 28,6% dos homens que desenvolvem tumores malignos. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que mais de 65 mil brasileiros sejam diagnosticados com o mal até 2022.
O urologista oncológico do Instituto de Câncer de Brasília (ICB), Vitor Sifuentes, alerta sobre a doença. “No estágio inicial os pacientes não apresentam sintomas e o diagnóstico só pode ser feito mediante rastreio com exame de PSA e toque retal. Somente em estágios mais avançados o câncer de próstata dá sintomas como sangramento na urina, ou dificuldade de urinar,” comenta. “Portanto é preciso em qualquer alteração procurar ajuda médica. A realização de exames e consultas periódicas são essenciais para o diagnóstico precoce”, completa.
A falta de informação e, em alguns casos, o preconceito são algumas das razões que levam os homens a deixarem de lado visitas e procedimentos simples, rápidos, indolores e fundamentais para identificar doenças como o câncer de próstata, de pênis e testículos em estágio inicial. O urologista ainda comenta que para que o cenário da saúde no país melhore é preciso que as pessoas entendam a importância de prevenir doenças, “incorporar hábitos saudáveis como: ter uma boa alimentação, não fumar e praticar atividade física são fundamentais para a saúde de forma geral”, afirma. Visitas anuais ao urologista são recomendadas a partir dos 50 anos. “O homem precisa se cuidar, se preocupar com a própria saúde. É importante que eles possam realizar os exames de prevenção para manter uma vida saudável”, acrescenta.
Dentre os fatores de risco para o câncer de próstata, além do avanço da idade, histórico desse tipo de câncer na família e obesidade, a alimentação ruim, sedentarismo, consumo em excesso de álcool e tabagismo também podem contribuir para o surgimento da doença.
Conheça os direitos dos pacientes com câncer
O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, que tem como objetivo compartilhar informações sobre o câncer de próstata, promovendo a conscientização sobre a doença, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade. Muitos pacientes de câncer não sabem, mas além do direito básico de acesso ao tratamento de saúde, outros direitos e benefícios podem auxiliar no tratamento e contribuir, de diferentes maneiras, para melhorar a qualidade de vida.
O advogado e coordenador do curso de direito da Faculdade Anhanguera, Francisco Nelson, explica que os direitos são garantidos por lei em todo o território nacional. Entre esses direitos estão a isenção do imposto de renda, saque do FGTS, aquisição de veículo com isenção de impostos, isenção do IPVA, além de todo o suporte médico a partir do momento da descoberta da doença, tanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como pela rede privada. “Para ter direito aos benefícios é preciso que o interessado faça uma perícia médica. Este exame deve ser submetido a um acompanhamento com um médico conveniado ao SUS. O benefício é requerido no INSS após realização deste procedimento”, informa o especialista.
O advogado também destaca a necessidade de apresentar comprovação para acesso aos benefícios. “Para receber os benefícios, é necessário a comprovação de alguns documentos. No caso de solicitar a isenção do IPTU, por exemplo, o paciente deve comparecer à Prefeitura do seu município. No caso do seguro de vida, deverá entrar em contato com a própria Seguradora. E com a questão de quitação de financiamento, deve-se comparecer ao banco responsável. Mas é importante ressaltar que, para qualquer uma das situações, o paciente precisa ter o laudo, atestando que é portador da enfermidade”, conclui Francisco.
Confira outros direitos assegurados por lei para qualquer paciente com câncer:
– Lei dos 60 dias: a partir do laudo patológico assinado pelo médico responsável, a paciente tem direito a iniciar o primeiro tratamento no SUS dentro do período de 60 dias;
– Gratuidade no transporte público municipal e intermunicipal: o paciente com câncer deverá procurar o órgão responsável pelo transporte coletivo de sua cidade para requerer a isenção tarifária;
– Andamento Judiciário Prioritário: é permitido e admitido amplamente na jurisprudência o andamento prioritário de processos judiciais cuja autora é pessoa com câncer, por analogia ao andamento prioritário disposto no artigo 1.048, inciso I, do Código de Processo Civil;
– Isenção de IPTU em alguns municípios;
– Resgate de seguro de vida ou previdência privada: o paciente com câncer que tiver previdência privada ou seguro de vida deverá consultar a apólice da previdência ou o contrato do seguro. É comum que essas duas espécies de contrato prevejam o resgate total ou renda mensal de valores em casos de doença grave comprovada por laudo médico;
– 3 dias de folga por ano: segundo a lei n° 13.667, que alterou o artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o trabalhador com câncer tem direito a três dias de folga para realização de exames preventivos de câncer, sem prejuízos ao seu salário;
– Quitação de financiamento de imóvel pelo sistema financeiro de habitação: o interessado com invalidez total e permanente decorrente de doença ou acidente possui o direito à quitação, desde que seja inapto para o trabalho e que a doença determinante da incapacidade tenha sido adquirida após a assinatura do contrato de compra do imóvel, fato que é avaliado por perícia;
– Auxílio-doença: é um benefício mensal para quem fica incapaz de exercer seu trabalho, em razão da doença, por mais de 15 dias consecutivos. Na qualidade de segurado, o trabalhador terá esse direito independente do pagamento de 12 contribuições ao INSS;
– Aposentadoria por invalidez: se restou sequela do câncer que torne sua incapacidade temporária em permanente, a pessoa terá o direito a se aposentar por invalidez. Também vale para autônomos e Microempreendedores Individuais;
– Saque do PIS/Pasep: o trabalhador com cadastro no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço pode efetuar o saque, válido também para dependente que tenha câncer.
Direitos dos homens diagnosticados com tumor na próstata precisam ser respeitados, defende advogada
Nesse mês acontece a campanha do Novembro Azul, dirigida à sociedade em geral e aos homens, para alertar para doenças masculinas, com ênfase no diagnóstico precoce do câncer de próstata. Além da importância da prevenção e diagnóstico precoce, a campanha envolve outro ponto importante: os direitos dos pacientes diagnosticados com esse tipo de câncer
“Ainda hoje, grande parte da população desconhece seus direitos, entre eles o tratamento completo, medicamentos de forma gratuita, seja pelo SUS ou pelo plano de saúde, além dos direitos sociais, que incluem saque de FTGS e PIS, bem como os relacionados a isenção dos tributos IR e IPVA”, comenta a Dra. Tatiana Viola de Queiroz, advogada especializada em Saúde.
Esses são direitos garantidos a todos os pacientes oncológicos, mas é importante saber que os pacientes homens portadores de câncer de próstata ainda contam com garantias específicas. “Caso ocorra a disfunção erétil, esses homens têm direito à prótese peniana”, acrescenta a especialista.
Para a Dra. Tatiana, é fundamental que tais pacientes, seus familiares e a população em geral, sejam informados desses direitos para que possam buscar os meios para garanti-los. “Não é aceitável que, além de enfrentarem a doença, essas pessoas ainda sejam privadas de direitos que estão previstos em lei. Por isso, informar a respeito é fundamental”, finaliza a advogada especializada em Saúde.
Reposição hormonal não desencadeia câncer de próstata
O mês de novembro é conhecido pela conscientização e prevenção do câncer de próstata, com o propósito de estimular todos os homens a fazerem uma visita ao urologista para realizar exames. De acordo com o urologista e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic, Prof. Dr. Sergio Bisogni, esse processo faz parte do diagnóstico precoce de câncer. Além disso, o mês de conscientização é importante para falar sobre o assunto e, ainda, tirar dúvidas dos pacientes sobre a saúde masculina.
De acordo com o especialista, um dos assuntos que chamam atenção ao falar sobre a saúde do homem é a reposição hormonal. Afinal, ela interfere ou não no desenvolvimento do câncer de próstata? Para Dr. Bisogni, durante a fase de envelhecimento natural, a reposição hormonal masculina reflete na saúde e bem-estar do homem. De acordo com ele, apesar do tratamento com testosterona não provocar câncer de próstata, o conceito atual pede que pacientes com esse tipo de câncer aguardem um ano após o término do tratamento para iniciar a reposição hormonal.
“A doença precisa estar sob controle para que a reposição com testosterona possa ser feita, já que a terapia com hormônios deve ser realizada em pacientes que comprovem taxas baixas de hormônio masculino e quadro clínico de hipogonadismo associado (condição em que os testículos não produzem quantidade suficiente de hormônio).
Vida saudável masculina
Segundo o professor da Faculdade São Leopoldo Mandic, ser saudável não é somente ter ausência de qualquer tipo de doença, mas também estar em um estado de completo bem-estar físico e mental. “Por isso, qualquer sinal diferente emitido pelo corpo procure um especialista”. De acordo com ele, o estresse, o trabalho e as obrigações do dia a dia são gatilhos para inúmeras doenças, e somente o médico é capaz de detectar as possíveis causas do que está acontecendo.
“Sendo assim, esses itens não devem servir como desculpa para não procurar ajuda especializada. O homem tem a tendência de achar que é imbatível, que não precisa de cuidados, mas é esse pensamento distorcido que o leva a descobrir uma doença séria, já em estado avançado. Pensando nisso, as palavras-chaves da sua vida e da sua saúde devem ser: prevenção, diagnóstico precoce e educação”, complementa Dr. Sergio.
O especialista ainda chama a atenção para a avaliação da saúde masculina, em que é realizado o exame de próstata (toque retal, ultrassonografia da próstata e checagem do PSA – marcador tumoral detectado em um exame de sangue – em pacientes entre 45 e 50 anos, de acordo com a história familiar). Além disso, exames gerais do organismo, como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides altos) e obesidade também devem ser realizados, assim como avaliação da vida sexual de cada paciente.