O papel do paciente e a sua participação no sucesso de uma cirurgia

O paciente desempenha um papel crucial no sucesso de uma cirurgia. Sua participação, sempre que possível, é imprescindível ao longo de todo o processo, desde a primeira consulta até o pós-operatório, seguindo as recomendações médicas, cumprindo as orientações e participando ativamente do seu próprio cuidado.

“A relação entre o profissional escolhido e a paciente tem que ser de muita cumplicidade, porque a paciente está confiando não apenas o resultado estético, mas também sua vida no ato cirúrgico”, alerta o Dr. Haryson Guanaes Lima.

Do outro lado, o profissional está empenhado a dar o seu melhor, inclusive no acompanhamento pós-operatório. Por isso, é importante que as pacientes sigam atentamente as orientações e tirem todas as suas dúvidas.

“Em uma cirurgia, 50% é responsabilidade do profissional, de sua capacidade técnica, sua experiência, mas os outros 50% é o paciente. E nós, profissionais, dependemos dessa participação da paciente e de diversas variáveis relacionadas a ela, como a cicatrização, sua nutrição, o repouso, os curativos, as vindas para as consultas pós-operatórias, entre tantas outras”, explica o médico.

O preparo para a cirurgia

“O preparo do paciente é de suma importância e inclui exames pré-operatórios, preparos nutricional, psicológico, fisiológico e físico. Todos eles serão abordados desde a primeira consulta e acompanhados ao longo de todo o processo para garantirmos que as orientações foram compreendidas e vem sendo seguidas.

Caberá ao paciente medidas simples, como a redução da ingestão de sal, para reduzir o inchaço e a pressão arterial, beneficiando o metabolismo correto do organismo e consequente cicatrização, uma boa hidratação, ingestão de alimentos construtores (cicatrizantes), como proteínas animais e vegetais, redução de alimentos inflamatórios, como farinhas brancas e açúcar, que atrapalharão a cicatrização, com menos inchaço e seroma, entre outras medidas”, explica o Dr. Haryson.

Estão previstos o preparo psicológico, que verificará os reais motivos que levaram a paciente a buscar a cirurgia e avaliará as suas expectativas, se serão atendidas dentro dos resultados possíveis para o procedimento escolhido; o preparo fisiológico, com a realização de exames laboratoriais, de imagem, cardiológicos e outros, conforme o tipo de cirurgia e particularidades de cada paciente e, em alguns casos, a avaliação de outros especialistas, quando necessário.

“O preparo físico também é muito importante e visa a redução do sobrepeso e dos riscos durante e após a cirurgia.

Relação médico-paciente

O Dr. Haryson orienta sobre a importância de procurar sempre um profissional acolhedor, especialmente porque mesmo as cirurgias mais simples poderão exigir um contato mais frequente, consultas periódicas, comprometimento de ambos os lados.

“Passados cerca de dois meses, em média, no caso das cirurgias estéticas, temos uma conversa com o paciente para saber suas impressões, fazer uma comparação do antes e depois e, eventualmente, verificar se há a necessidade de fazer algum aperfeiçoamento cirúrgico”, revela o médico.

Isso porque, mesmo transcorrendo tudo conforme o planejado, podem ocorrer algumas manifestações cicatriciais do organismo ou uma pequena diferença nas mamas, por exemplo, que são imprevisíveis. Mas o Dr. Haryson tranquiliza as suas pacientes que até mesmo estas situações são esperadas e podem ser corrigidas.

“O importante é sempre deixar o resultado o mais adequado possível tanto às expectativas do paciente quanto às do próprio cirurgião”, avalia.

O papel do paciente

Confira as principais etapas de uma cirurgia e como o paciente pode colaborar em cada uma delas:

  • Preparação pré-operatória: o médico orientará caso haja diretrizes específicas, como jejum, interrupção de medicamentos ou preparação física. A adesão é importante para reduzir riscos e otimizar os resultados do procedimento.
  • Pós-operatório: a adesão às instruções é fundamental para uma recuperação bem-sucedida. Isso pode envolver a administração correta dos medicamentos, o seguimento de protocolos orientados pelo médico, restrições alimentares, como por exemplo a redução do sal e de alimentos anti-inflamatórios, atenção à ingestão suficiente de líquidos, realização de atividades físicas e visitas de retorno.
Redação

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