Em outubro, foi lançado o Instituto Lilás, pioneiro no conceito da Oncodermatologia Estética, uma nova classe dentro da medicina voltada especialmente para o tratamento dermatológico estético do paciente oncológico, visando a melhora da qualidade da pele e, principalmente, a melhora na autoestima deste paciente. A idealizadora do projeto, que não tem finalidade lucrativa, é a Dra. Simone Stringhini, dermatologista com mais de 30 anos de experiência, membro efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desde 1994; membro efetiva da Academia Americana de Dermatologia (AAD) desde 2010; membro efetiva da IMCAS Academy (Aesthetics Surgery & Cosmetic Dermatology – European) desde 2018; referência em Diagnóstico e Tratamentos Dermatológicos Estéticos há 20 anos – foi uma das primeiras a fazer a aplicação de peeling no país.
“Nós, médicos, sabemos que a autoestima está diretamente ligada a melhores respostas ao tratamento oncológico. Existem estudos científicos que também sugerem isso. Foi por isso que o Instituto Lilás nasceu, para realizar meu desejo de conseguir ajudar todos os pacientes, tanto os que estão em tratamento do câncer, como também os que já passaram pelo processo, a ter uma melhora na qualidade de vida e na saúde da pele, contribuindo também para melhor aderência e resultados dos tratamentos oncológicos”, conta a Dra Simone Stringhini, idealizadora do Instituto Lilás.
A dermatologia oncológica já existia, mas a Dra. Simone diz ter encontrado uma lacuna dentro da medicina que olhasse para o paciente oncológico sob o ponto de vista não só da saúde da pele, mas esteticamente também, com uma visão clínica dos benefícios que isso pode gerar no próprio tratamento do câncer. “Não existem protocolos, por exemplo, sobre como proceder em relação a tratamentos estéticos, caso o paciente venha a ter câncer. Não se sabe o que pode e o que não pode ser feito na pele dele; ou ainda, se algum tratamento pode beneficiar na qualidade de vida, sem prejudicar o tratamento. Então, hoje em dia, a recomendação para as pacientes oncológicas é que interrompam os tratamentos estéticos e aguardem até terminar todo o processo de tratamento do câncer, justamente por não ter estudos sobre isso”, conta a dermatologista.
Com foco na disseminação de conteúdo e também em pesquisas na área da dermatologia oncológica, incluindo a estética, o Instituto Lilás vai contar com uma câmera 3D para documentar os resultados dos protocolos, com a qual é possível visualizar com precisão as camadas da pele e, dessa forma, observar a evolução dos tratamentos. Para os testes das pesquisas, foi feito um mapeamento amostral dos pacientes oncológicos, localizados no Rio de Janeiro, que poderão ser recrutados para participar, se assim desejarem e se estiveram aptos clinicamente.
Para o futuro, é esperado que o Instituto una-se a clínicas, hospitais e faculdades para ampliar pesquisas e descobertas na área de dermatologia para pacientes oncológicos.