Osteoporose: Doença silenciosa atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil

O Dia do Ortopedista, celebrado em 19 de setembro, visa mostrar a importância deste profissional capaz de diagnosticar e tratar doenças que afetem a locomoção, músculos, tendões, ossos e articulações do corpo humano. Sendo assim, o coordenador de ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas Nossa Senhora da Conceição (HCNSC) de Três Rios (RJ), Alex Sandro Martins, explicou como evitar a osteoporose e falou sobre seus principais tratamentos.

A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. Esta não possui cura, mas deve ser tratada a fim de evitar fraturas, dores crônicas, depressão e até perda da independência por parte do afetado.

“A osteoporose é uma doença silenciosa, isto é, raramente apresenta sintomas antes que aconteça sua consequência mais grave, ou seja, uma fratura óssea. O ideal é que sejam feitos exames preventivos, para que ela seja diagnosticada a tempo de se evitar as fraturas. Os locais mais comuns atingidos pela osteoporose são a coluna (vértebras), a bacia (fêmur), o punho (rádio) e braço (úmero). Destas, a fratura mais perigosa é a do colo do fêmur”, explicou o ortopedista.

O médico explica que a prevenção da osteoporose deve ser iniciada ainda na infância através de uma alimentação saudável, rica em cálcio. Além disso, a prática constante de exercícios físicos e estar com as taxas de vitamina D em dia, também são fundamentais para evitar a doença.

“A Vitamina D é fundamental para nossa saúde, em especial para o fortalecimento ósseo. Como ela não está presente na maioria dos alimentos, temos que obtê-la através da exposição ao sol. Quando isto não for possível, é necessário fazer reposição através de suplementos vitamínicos”, pontuou o especialista.

Segundo estudos, as mulheres possuem maior risco de desenvolver a enfermidade. Além disso, indivíduos de raça branca, pessoas miúdas, que tiveram menopausa precoce e não fizeram reposição hormonal, os fumantes, pessoas com histórico de fraturas na família, que possuem doenças graves ou que utilizam corticoides por longo tempo também são mais suscetíveis à doença.

“Os nossos ossos recebem forte influência do estrogênio, um hormônio feminino, mas que também está presente nos homens, só que em menor quantidade. Este hormônio ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. Por este motivo, as mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrogênio caem bruscamente. Com a queda, os ossos passam a se descalcificar e se tornam mais frágeis. De acordo com estatísticas, a osteoporose afeta um homem para cada quatro mulheres”, disse Alex Sandro.

O ortopedista do HCNSC também ressalta que a absorção de cálcio diminui com a idade e lembra que o diagnóstico precoce pode ser feito pela medida da densidade óssea, através do exame de densitometria óssea.

“Do ponto de vista farmacológico, temos duas classes de medicamentos para osteoporose. Os antirreabsortivos (anti-catabólicos), e os estimuladores da formação óssea (anabólicos)”, completou.

Redação

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