Paciente do Hospital Estadual de Doenças Tropicais escreve diversas cartas em agradecimento à equipe do hospital

“Obrigado por cuidarem tão bem de mim. Que Deus proteja toda a família HDT”. Essa é somente uma das diversas frases escritas em cartas pregadas na porta da enfermaria 32 do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), gerido pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), em Goiânia (GO). Redigidas pelo paciente Raimundo Alves, que ficou internado na unidade por mais de 12 dias com suspeita de Covid-19, as cartas fixadas na porta do quarto chamaram à atenção de todos que passaram pela Ala B do hospital.

Natural de Cezarina, cidade localizada a 70 km da capital Goiânia, Raimundo tem 31 anos de idade e, por ser portador de HIV, já era paciente do HDT há mais de cinco anos. “Recentemente me senti mal, tinha todos os sintomas da Covid e procurei a unidade para me tratar, mas graças a Deus minha suspeita não se confirmou”, disse o paciente.

Mesmo com teste negativo para o novo coronavírus, Raimundo seguiu internado na unidade para tratar outras comorbidades e elogiou o trabalho de toda a equipe. “Fiz questão de demonstrar a minha gratidão aos profissionais do HDT, e o quanto fui bem tratado e cuidado aqui no hospital durante os últimos anos. Encontrei nas cartas pregadas na porta do meu quarto a maneira de expressar meus sentimentos. Cada médico, enfermeiro, técnico e, até mesmo o pessoal da limpeza, todos tiveram sempre um carinho enorme comigo e mesmo estando internado, fizeram me sentir em casa”, pontuou.

Raimundo destacou ainda o trabalho da Terapia Ocupacional (T.O) do hospital, que o ajudou proporcionando a conscientização do tratamento, e o incentivou à comunicação e a expressar seus sentimentos através das cartas. “Agradeço a todos, mas principalmente à Terapia Ocupacional. A equipe demonstrou um cuidado muito grande comigo e me ajudou muito na minha recuperação. Hoje, realizo meu tratamento corretamente, o que antigamente não tinha ânimo para fazer”, disse Raimundo.

A terapeuta ocupacional do HDT, Marilda Polônio, destacou que Raimundo é um dos pacientes acompanhados pela T.O. em ações humanizadas que visam minimizar os impactos da internação. “Os pacientes em isolamento e longa permanência hospitalar tendem a um quadro de ansiedade e solidão. A T.O. vem fazendo um acompanhamento individualizado e, através de ‘kits terapêuticos’ proporcionamos atividades que buscam a ruptura do cotidiano hospitalar, promovendo ressignificação da vida e adesão ao tratamento”, disse a terapeuta.

Raimundo foi transferido para o Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (CEAP-SOL) onde segue internado em tratamento.

Redação

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