O Brasil é o maior país do mundo a oferecer cobertura Universal de Saúde, direito conquistado e marcado na constituição de 1988. Oferecer saúde Universal ao seu cidadão é um dos maiores presentes que uma nação pode oferecer. A pergunta a ser feita é como honrar esse compromisso com recursos limitados em uma demanda crescente, tanto quantitativamente quanto qualitativamente.
Todo país tem algo a ensinar e algo a aprender e nosso sistema já inspirou nações ao redor do mundo seja com o programa de saúde da família, HIV, campanhas de imunização/vacinação ou de transplantes. Mesmo assim, as dificuldades são enormes quando se pensa em conexão entre o público e o privado, modelos de cuidado centrados no paciente e na entrega de valor e controle do aumento dos custos assistenciais. Essas são algumas das discussões da pesquisa “Os caminhos para a cobertura universal de saúde”, publicação que compõe o Projeto Saúde 2030, conduzida pela KPMG no Brasil.
“O projeto contempla a divulgação de uma sequência de pesquisas sobre saúde e provoca reflexões sobre mudanças necessárias no setor para geração de valor e sustentabilidade do sistema. Além disso, a pesquisa apresenta as melhores práticas globais e locais, assim como proposições de como redesenhar o sistema na direção da sustentabilidade clínica e financeira”, afirma Leonardo Giusti, sócio-líder de Saúde e Ciências da Vida da KPMG no Brasil.
A partir da experiência brasileira e com base nas discussões traçadas em âmbito internacional, o estudo destaca aprendizados importantes, tais como:
1- O paciente é figura central, não importa em que estágio esteja a busca de cada nação para alcançar o seu ideal de sistema de saúde.
2- Atenção primária é fundamental: este primeiro atendimento – e que inclui as campanhas de prevenção em amplo espectro – contribuirá para um adequado encaminhamento do paciente em sua jornada assistencial/clínica e, por consequência, propiciará uma potencial desoneração do custo de cuidar nas etapas subsequentes da jornada como um todo.
3- Complementariedade: público e privado devem ser parceiros para alcançar o melhor resultado na cobertura universal de saúde. Mas é necessário encontrar um ponto de equilíbrio para evitar que se acentuem as desigualdades sociais.
4- Gestão integrada em todos os níveis: se a gestão de todas as áreas que afetam o sistema de saúde estiver integrada, partindo do micro para o macro, como uma estrutura que caminha unida, organizada e bem gerenciada, a eficiência será uma consequência.
“Serviços de saúde totalmente centrados no usuário serão cada vez mais imprescindíveis e essa tendência já é realidade em alguns países. Conforme as tendências demográficas e econômicas ganham força, o setor irá enfrentar grandes transformações, que impactarão drasticamente os serviços que serão necessários e a forma que serão oferecidos”, afirma Daniel Greca, sócio-diretor líder de Saúde da KPMG no Brasil.
Ainda sobre a relevância dos serviços de saúde, a pesquisa da KPMG destacou as seguintes características de uma rede de atenção integrada:
1- Sistema orientado ao paciente
2- Engaja pacientes como co-designers
3- Liderança ousada que gerencia a mudança
4- Cuidado acontece no ambiente certo
5- Rede de parceiros
6- Incentivos alinhados aos resultados esperados
7- Usa tecnologia para prestar a assistência
8- Constrói um workforce para entregar
9- Governança
O conteúdo está disponível na íntegra no link: assets.kpmg/content/dam/kpmg/br/pdf/2020/09/caminhos-cobertura-universal-saude.pdf