Sindicato constata crescimento das internações por Covid-19 em 79% dos hospitais privados

Levantamento realizado pelo SindHosp – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo em pesquisa amostral de 20% do total de hospitais privados (76 hospitais) representados apontou ocupação média de 84% dos leitos de UTI para Covid-19. A pesquisa abrangeu todos os 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) do Estado de São Paulo. Atualmente, esses hospitais estão utilizando 40% dos leitos de UTI para atendimento Covid-19.

A pesquisa apontou também que 67% desses hospitais declararam ter capacidade de aumentar o número de leitos Covid caso seja necessário.

Internações quase dobram de uma semana para outra

Segundo Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, outra informação relevante da pesquisa realizada na semana de 23 a 26 de novembro entre os hospitais privados no Estado refere-se ao aumento de internações de pacientes com Covid-19. Setenta e nove por cento (79%) dos hospitais entrevistados responderam que houve aumento de internações Covid-19 nos últimos 15 dias. Na pesquisa anterior, realizada entre 16 a 19 de novembro, eram 44,5% que registraram aumento das internações Covid-19.

Atendimentos eletivos são mantidos por 65% dos hospitais

A pesquisa apurou ainda que 65% estão mantendo a agenda de cirurgias e atendimentos eletivos.

“A manutenção de cirurgias e atendimentos eletivos indica que, por enquanto, é possível manter com cautela essa assistência. Os hospitais têm fluxos distintos e seguros para atendimento de pacientes Covid e não Covid. Além disso, os hospitais responderam que podem ampliar leitos para atendimento do novo Coronavírus, se necessário. O adiamento de cirurgias e atendimentos eletivos traz grandes consequências no agravamento de doenças, especialmente as crônicas como câncer, doenças cardiovasculares e neurológicas e pode contribuir para o aumento de mortes”, destaca o presidente do SindHosp.

Importante nesse momento é que a população siga os protocolos de segurança usando máscaras, lavagem constante das mãos e mantenha o distanciamento social.

Para Balestrin, faltou o papel do poder público na contenção da pandemia. “Aglomerações estão acontecendo e nada é feito. Os governos têm poder para coibir abusos e não deixar a doença evoluir. Com o aumento das internações nas últimas semanas, o efeito negativo acaba recaindo sobre os hospitais”, destaca. E sugere que os governos reabram hospitais de campanha e ofereçam mais leitos públicos para atendimento Covid-19.

Redação

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