Pesquisa nacional analisa o impacto da pandemia na saúde mental dos brasileiros

Sensação de medo e estresse foram as reações emocionais mais sentidas pelos brasileiros ao longo do primeiro semestre de convivência com o Coronavírus. Isso é o que mostra os dados parciais da pesquisa “Saúde mental e Covid-19: como você está se adaptando?”, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Associação Brasileira de Impulsividade e Patologia Dual (ABIPD), Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), Universidade do Texas e Mackenzie.

Mais de 200 mil profissionais de saúde e oito mil pessoas de outras áreas participaram do estudo através de um formulário online. As respostas foram coletadas, analisadas e servirão para o planejamento de condutas médicas e políticas públicas para os próximos anos.

Desde março, em artigo publicado no Brazilian Journal of Psychiatry, a ABP orienta sobre as necessidades do cuidado com a saúde mental da população, que deve ser abrangente e direcionado a todos para haver uma mudança de pensamento e comportamento.

“A onda de consequência à saúde mental derivada da pandemia permanece em ascensão e o impacto será maior se nada for feito. Esse estudo nos mostra que precisamos colocar a saúde mental na pauta diária dentro de casa, no trabalho, nas empresas, nos hospitais, em todos os lugares. Na primeira parte da pesquisa, conseguimos extrair que houve um aumento da sensação de estresse da população em geral e de profissionais de saúde, mais ainda neste último grupo. O que mais preocupou os brasileiros foi o medo de transmitir a doença para pessoas queridas, o que gerou mais estresse. A saúde mental é a chave para enfrentarmos o cenário atual e seus desdobramentos” – afirma Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Em dezembro de 2020, os pesquisadores deram início à segunda fase da pesquisa. A ideia, agora, é mapear esse novo momento da pandemia de Coronavírus e documentar como é que as pessoas estão sobrevivendo ao processo. Os participantes recebem um relatório pós pesquisa e, quando necessário, são alertados sobre a necessidade de procurar ajuda profissional. Não precisa ter respondido a primeira etapa para participar da segunda e os participantes da primeira vão receber um e-mail para colaborar novamente. O formulário para participar do estudo está disponível no site ABP: abpbrasil.org.br/pcabp.

Redação

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