O projeto de pesquisa “Infecção vertical pelo vírus zika e suas repercussões na área materno-infantil”, desenvolvido pela Faculdade de Medicina (FMJ) e Hospital Universitário (HU) de Jundiaí (SP), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), precisa de voluntários.
O projeto teve início em março de 2016 e envolve 751 mulheres/gestantes de alto risco, das quais já deram a luz a 728 bebês. Estes bebês serão acompanhados até os três anos de vida. Este acompanhamento inclui entrevistas periódicas por telefone e consultas com equipe multidisciplinar. “A pesquisa já demonstrou que existem casos em que a criança não apresenta microcefalia, mas outras alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, por isso é importante o acompanhamento das crianças durante este tempo”, ressalta o Prof. Dr. Saulo Duarte Passos que coordena todo o trabalho.
A questão é que muitas mães, ao perceberam que o bebê não apresenta microcefalia, abandonam o acompanhamento do projeto. “Recentemente soubemos do caso de um bebê de oito meses que começou a apresentar dificuldade para enxergar. Fomos investigar e está relacionado ao vírus. Este exemplo nos dá a dimensão do quanto a manutenção deste acompanhamento é relevante”, diz o médico. E é neste processo de resgatar as mães e bebês que abandonaram o projeto que os voluntários irão atuar.
O trabalho voluntário será desenvolvido no próprio HU, em Jundiaí, pelo período de quatro horas semanais. O interessado é que define qual o melhor período para ajudar (manhã, tarde ou noite). Antes de iniciar as atividades, os voluntários passam por um treinamento de capacitação.
Podem ser voluntários: estudantes, profissionais já formados na área de saúde ou em outras áreas, aposentados, donas de casa e todos que tiverem interesse em colaborar. A idade mínima é 18 anos. Os interessados devem fazer inscrições pelo telefone (11) 4527-5700 ramal 820.
A pesquisa
O projeto “Infecção vertical pelo vírus zika e suas repercussões na área materno-infantil” deve ser concluído em 2020. O principal objetivo é investigar a transmissão do vírus em gestantes e suas repercussões nas crianças. Os resultados serão utilizados pelo Brasil e outros países do mundo para esclarecer todas as dúvidas que ainda existem sobre as doenças causadas pelo Aedes aegypti.