Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como obesidade, doença arterial coronária, diabetes e câncer estão entre as principais causas de morte no mundo. No Brasil, as DCNT foram responsáveis por cerca de 56,9% das mortes, na faixa etária de 30 a 69 anos, em 2017, segundo o Ministério da Saúde. O benefício de plantas amazônicas no tratamento e prevenção das doenças crônicas é estudado por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O resultado do trabalho será apresentado no V Congresso da Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF), que acontecerá on-line, de 1 a 3 de outubro.
As plantas são em moléculas ativas que podem ser usadas nas enfermidades humanas. Cerca de 70% dos medicamentos disponíveis no mercado possuem alguma inspiração em produtos naturais, afirma o pesquisador Emerson Silva Lima, professor titular da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UFAM e coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da UFAM. “Explorar a biodiversidade Amazônica na busca de cura ou prevenção para essas doenças parece ser uma estratégia bastante válida do ponto de vista de inovação e desenvolvimento”, argumenta.
Segundo o pesquisador, alguns bioativos isolados de plantas demonstraram efeitos curativos ou preventivos sob modelos de doenças crônicas, sejam em testes em laboratório e em animais. Plantas como insulina vegetal (Eugenia punicifolia), jucá (Libidibia Ferrea), breu branco (Protium sp.), copaíba (Copaifera multijuga), entre outras, foram estudadas e testadas em modelos de inflamação, diabetes, obesidade e câncer. “A amirenona, por exemplo, uma substância isolada do breu branco apresentou efeito antiobesidade em camundongos e a 22-hidroxi-tingenona, isolada de outra espécie nativa da Amazônia, apresentou excelentes resultados citotóxicos e antitumorais”, detalha.
Para Emerson, os resultados do estudo apontam que existem muitos bioativos e plantas a serem explorados na Amazônia como potenciais fontes para novos fármacos. “Este tipo de pesquisa ainda se faz muito necessário para conhecermos todo o potencial desse bioma para a área farmacêutica”, afirma.
Emerson apresentará a pesquisa no dia 1 de outubro, às 20h20, na sala virtual 1. Os participantes receberão por e-mail o atalho para entrar nas salas e acompanhar as palestras e instruções para apresentação de trabalhos. Para os associados a participação é gratuita e para os demais participantes o valor da inscrição é revertido em admissão como associado à ABCF.
V Congresso da ABCF
De 1 a 3 de outubro
Inscrição: congresso.abcfarm.org.br
O Congresso é gratuito para associados. Para os demais participantes, o valor da inscrição é revertido em admissão como associado à ABCF.
Anuidade
Graduandos (associados colaboradores): R$ 35,00
Pós-graduandos: R$ 85,00
Profissionais (incluindo pós-doutorandos): R$ 120,00