Plataformas de telemedicina têm sido uma alternativa para desafogar sistema público de saúde

Quem busca por atendimento na rede pública de saúde ainda sofre na pele as dificuldades para agendar consultas e exames por conta da pandemia. Apenas na cidade de São Paulo, a Defensoria Pública registrou nos quatro primeiros meses deste ano, um aumento em 35% nas reclamações que tratam das dificuldades para marcação de consultas ou cirurgias em relação ao mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, no ano passado, as consultas foram suspensas por conta da priorização nos atendimentos relacionados ao Covid-19 e, a estimativa é que 55 mil consultas tiveram que ser desmarcadas.

Mas a facilidade da telemedicina mudou esse cenário. Um estudo feito pelo Sinch, empresa especializada em comunicação na nuvem, revelou que a procura por atendimento online tem aumentado, e 43% dos brasileiros optou pelo atendimento de telemedicina durante o período de isolamento social.

A saúde tem alternativas

Uma solução para a população que não possui acesso a planos de saúde convencionais, a VidaClass disponibiliza atendimentos de telemedicina, com acesso a consultas e, descontos em exames, com valores acessíveis e garantia de atendimento de qualidade.

“Sabemos o quanto é difícil para a população que precisa se consultar ou fazer exames e não consegue fazer com a urgência necessária. Somos uma alternativa eficaz para proporcionar serviços de saúde com qualidade e almejamos oferecer isso para toda população brasileira. Nossos agendamentos são realizados em tempo real”, explica Vitor Moura, CEO da Vida Class.

Além disso, a plataforma oferece ainda serviços complementares aos pacientes, como seguro de diária hospitalar e a VC Delivery, farmácia online com entrega em casa e descontos significativos não só para medicamentos, mas também para qualquer outro produto de farmácia, incluindo produtos de beleza e higiene pessoal.

Telemedicina resolve 9 a cada 10 casos de pacientes

Cerca de 90% dos casos relatados por pacientes são resolvidos em consultas de telemedicina. O resultado é fruto de um levantamento realizado pela Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) com operadoras de planos de saúde associadas. O uso do recurso tem crescido como consequência da pandemia da Covid-19 e em um ano, a partir de abril de 2020, foram realizados mais de 2,8 milhões de atendimentos do tipo.

Na Qsaúde, nova operadora de planos de saúde lançada na capital paulista em outubro de 2020 por José Seripieri Junior, todos os clientes têm acesso à telemedicina com médicos do Hospital Israelita Albert Einstein 24 horas, sete dias por semana. No plano, o crescimento desse tipo de consulta foi de 238% entre janeiro e maio deste ano – o aumento pode ser relacionado ao recrudescimento da pandemia. A maior parte dos acionamentos foram realizados no período da tarde e em dias úteis.

Entre as principais queixas relatadas em consultas online estão gripes e resfriados, sintomas associados à Covid-19 e quadros gastrointestinais. De acordo com o cardiologista Ricardo Casalino, diretor médico da Qsaúde, quando um caso é resolvido na teleconsulta, o paciente não tem mais necessidade de ir a um serviço de urgência e emergência. Com isso, diminui a exposição aos riscos de um ambiente hospitalar.

“O índice de resolutividade do modelo é acompanhado de perto, e buscamos entender aqueles pacientes que são direcionados para o pronto-socorro. Dessa forma, conseguimos monitorar e planejar a jornada de saúde de nossos clientes dentro do plano”, afirma o diretor médico da Qsaúde.

Essa evolução das consultas é uma das marcas da Qsaúde. O cuidado com os clientes é feito a partir do uso da tecnologia e da medicina de família para proporcionar uma gestão de saúde integral com maior agilidade. Em nove meses de atuação, a Qsaúde já conta com quase 4.000 clientes, metade deles com mais de 49 anos.

“Na Qsaúde queremos fazer a gestão eficiente da saúde de nossos clientes e ter atendimento disponível 24 horas por dia é de grande importância nesse processo. Ainda que a telemedicina no país seja permitida em caráter emergencial, enquanto durar a pandemia, acreditamos que o modelo continuará crescendo”, diz Casalino.

Conexa Saúde registra aumento de mais de 330% em telenutrição no início deste ano

A Conexa Saúde, player de saúde digital, registrou aumento de mais de 330% no número de atendimentos em telenutrição, entre janeiro e maio deste ano. A procura por atendimento online com nutricionista foi realizado 58% por mulheres e 42% por homens. A faixa etária de 26 a 35 anos foi a que mais usou o serviço, representando 41% no total das consultas online.

Segundo a nutricionista Danielle Toledo, especialista em nutrição clínica, funcional, gastronomia e transtornos alimentares, com a pandemia, questões ligadas à saúde emocional tiveram maior impacto no dia a dia das pessoas e o mesmo ocorreu em relação à alimentação. “Para muitas pessoas, a comida passou a ter um novo aspecto. Para alguns, com a perda de outros prazeres ou com aumento da ansiedade, a comida ganhou ares de consolo ou recompensa. Para outros, a preocupação com a alimentação teve um impulso a mais no cuidado com a saúde, seja para aumentar a imunidade, reduzir peso ou controlar doenças crônicas como diabetes, colesterol ou pressão alta”, comenta.

Por ser um recurso de fácil acesso, a telenutrição tem se consolidado como uma boa alternativa para quem quer cuidar da alimentação, seja por questões de saúde ou para ganhar mais disposição. Na primeira consulta online, o nutricionista faz uma avaliação dos hábitos e necessidades de cada paciente e propõe uma nova organização alimentar de acordo com os gostos e disponibilidade de produtos acessíveis em cada região do país.

“Podemos desenhar planos de emagrecimento, de reeducação alimentar, prevenção de doenças crônicas ou para ganhos de massa muscular. Tudo de maneira simples e alinhada com o paciente, pois é importante que ele se engaje nessa jornada para chegarmos aos resultados esperados”, destaca a nutricionista.

Em um atendimento de telenutrição é aplicado um questionário de sinais e sintomas para avaliar a evolução nutricional do paciente. Desde o início, ele é orientado para acompanhar suas medidas seguindo alguns protocolos, envolvendo a evolução fotográfica, auto-aferição da circunferência da cintura e instruções para medir o próprio peso corporal.

Busca pelo peso ideal

Mais de 60% dos brasileiros, acima de 18 anos, estão com excesso de peso, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde sobre Sobrepeso e Obesidade, realizada pelo IBGE e divulgada no final do ano passado.

O acompanhamento nutricional online pode ser semanal, quinzenal ou mensal, de acordo com a necessidade de cada pessoa. “O que tem dado muito resultado na adesão dos pacientes é a facilidade de acesso à plataforma e os resultados obtidos. Temos muitos relatos de pessoas que conseguem perder peso, adotando novos hábitos alimentares e por estarmos a distância de um clique, eles se engajam mais nesse processo”, complementa Danielle.

A telenutrição também tem sido muito utilizada pelas empresas na oferta do serviço aos seus colaboradores. Com isso, é possível fazer um mapeamento do estado de saúde de cada colaborador e permitir à área de saúde da empresa a visibilidade da evolução do tratamento, além de promover ações de educação nutricional e incentivo ao bem-estar.

Segundo dados internos da Conexa Saúde, com a implementação da telenutrição, as empresas conseguem uma economia de até 40% em gastos com plano de saúde e até 30% de aumento em produtividade de seus colaboradores.

Redação

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