Principal responsável por internações de idosos no Brasil, insuficiência cardíaca tem novos tratamentos

Uma doença grave, que atinge 23 milhões de pessoas do mundo e que, após cinco anos de diagnóstico positivo, oferece sobrevida em apenas 35% dos casos, sendo que no grupo de idosos com mais de 85 anos as chances de sobrevida caem para 17,4%. Esta é a realidade da insuficiência cardíaca (IC), doença que mata até 80% dos homens e 70% das mulheres acometidos. Só no Brasil, é uma das principais causas de morte e é a primeira responsável por internações de pessoas com mais de 65 anos.

A IC se caracteriza pela incapacidade do coração de bombear sangue para atender às necessidades dos tecidos. A síndrome pode ser causada por alterações estruturais ou funcionais do coração, sendo que a maioria dos pacientes apresenta queixa de cansaço e inchaço, principalmente nos membros inferiores.

Justamente por conta dessas perspectivas obscuras, a IC é uma das patologias mais estudadas no mundo e o resultado das últimas pesquisas será apresentado durante o 41º Congresso Virtual da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), na palestra ‘Novo alicerce no tratamento da IC crônica’, que será ministrada pelo cardiologista Marcus Vinícius Simões.

“O ponto central da apresentação será falar sobre quais drogas devem ser ofertadas desde os primeiros momentos para os diagnosticados com IC”, adianta o especialista. “Estamos vivenciando  a implantação, na prática clínica, de duas novas medicações para ICFER, seguindo nossas diretrizes mais atuais: o Sacubitril/Valsartana, com evidência científica gerada no estudo PARADIGM-HF, publicado em  2014, e novos estudos publicados nos anos de 2019 e 2020 com medicamentos da classe dos inibidores da SGLT2, dapaglifozina e empaglifozina, respectivamente.” Elas reduziram significativamente o risco de morte cardiovascular – incluindo a morte súbita – e a piora do quadro de insuficiência. Este controle dos sintomas promove a diminuição das internações, além de melhorar a função cardíaca ao longo do tempo, com remodelamento reverso.

De acordo com Simões, o Brasil teve um papel importante no desenvolvimento dos últimos estudos para combate da IC. “Foi o país que mais incluiu pacientes: 520 em uma pesquisa, que contribuiu para trazer ao cenário clínico as evidências do uso do inibidor da SGLT2.”

Para todos

As robustas respostas clínicas e científicas sobre os benefícios do uso desses inibidores foram reconhecidas pela Anvisa e o país já oferece, por meio das farmácias de alto custo do SUS, o acesso ao tratamento de IC com Sacubitril/Valsartana. “São protocolos que melhoram a qualidade de vida dos pacientes, afastando o risco de fatalidades e desonerando os serviços de saúde.”

41º Congresso Virtual da SOCESP

Data do evento: 10 a 12 de junho

Tema: Novo alicerce no tratamento da IC crônica

Palestrante: Marcus Vinícius Simões

Data: 11 de junho

Horário: 20h

Redação

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