Na quinta-feira (27) professores do ensino infantil de Ribeirão Preto (SP) serão capacitados por médicos otorrinolaringologistas para reconhecer sinais de problemas relacionados à fala, audição e respiração e sono em crianças, ocorrências que impactam negativamente o desenvolvimento infantil.
Profissionais de educação podem participar gratuitamente se inscrevendo pelo link. O evento acontece às 13h30, no Auditório da Diretoria de Ensino de Ribeirão Preto, situada na Avenida 9 de Julho, 378 – Jardim Sumaré.
Intitulada Caravana Científico-Social, a ação itinerante é promovida pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), com o apoio da representação no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A edição acontece em parceria com a Diretoria de Ensino Região de Ribeirão Preto.
A qualificação vai contar com especialistas otorrinos explicando o que crianças que estão sempre espirrando e coçando o nariz, com inflamações no ouvido, ou, ainda, que roncam e dormem mal, podem estar sofrendo e como essas situações interferem em seu desenvolvimento.
Além disso, os professores e o público aprenderão a identificar os comportamentos comuns daqueles que possuem atraso de fala e linguagem, não escutam bem o professor e os colegas de classe e não respiram corretamente pelo nariz.
Durante o evento, os médicos palestrantes também abordarão sobre rinite alérgica e falarão sobre a lavagem nasal, um procedimento que ajuda a melhorar os sintomas de rinossinusites.
Impacto na saúde
Segundo o presidente da ABORL-CCF, Renato Roithmann, o aprendizado e desenvolvimento global da criança são afetados significativamente quando há alterações de respiração, da audição, da linguagem e do sono. Mas todas essas consequências podem ser evitadas ou mesmo revertidas, se tratadas a tempo. Professores podem ajudar nesse processo, reconhecendo sinais e chamando a atenção dos pais para que procurem o médico otorrinolaringologista para uma avaliação correta.
“É importante que os profissionais da área da educação infantil estejam familiarizados com essas alterações e atentos para alertar os responsáveis pela criança para a necessidade de uma avaliação médica o quanto antes. Atuar também com um olhar da saúde é mais uma forma de proporcionar um futuro melhor para elas”, afirma Roithmann.
O público e os docentes que participarem do evento também receberão uma cartilha educativa com situações reais que representam um alerta para a necessidade de uma avaliação especializada.
Além de Ribeirão Preto, outras regiões do Brasil já receberam o projeto. Entre elas estão Brasília, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Vitória, Fortaleza e Recife.