O tratamento de radioterapia, em alguns casos, exige o uso de uma máscara, moldada de acordo com o paciente, para que fique imóvel durante as sessões. O que é um desafio quando uma criança recebe radiação. Para não ter de sedar uma menina de 5 anos, a equipe de Radioterapia do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), pensou em uma estratégia: transformar a máscara em uma “fantasia” de princesa. De forma artesanal, o equipamento ganhou a caracterização da Rapunzel, com uma longa trança e maquiagem. A pequena se tornou uma personagem dos contos de fadas, ficou agarrada em seus “cabelos” e, assim, não se mexeu nas sessões, dispensando a sedação.
A iniciativa se transformou na “Máscara dos Sonhos”, projeto que identifica e personaliza as máscaras de radioterapia, sempre que se verifica que a criança poderá se beneficiar da técnica. A ideia foi premiada no 34º Concurso Estadual e 3º Sul-Brasileiro de Projetos Participativos da Associação Gaúcha para Qualidade (AGQ). O case recebeu o prêmio Ouro e foi o melhor avaliado na categoria Ideias Implementadas.
Realizado anualmente, o prêmio é um dos principais espaços no reconhecimento da qualidade total na região Sul, promovendo troca de conhecimento e experiências. Foi a primeira vez que o Hospital participou do concurso — e também foi a única instituição de saúde presente. “Esse trabalho contribui para a excelência assistencial, para a diminuição de riscos e melhora a experiência do paciente e de seus familiares”, diz Taiana Saraiva, coordenadora assistencial do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento.
Em 2019, o projeto foi reconhecido na premiação do programa Práticas que Transformam, do hospital. A iniciativa compartilha as melhorias implementadas e celebra o trabalho dos colaboradores. “O propósito do Hospital Moinhos é cuidar de vidas. Do paciente e, também, do colaborador. O programa engaja as equipes e valoriza as práticas e ideias”, explicam Juarez Leites e Mariana Lorenzi, responsáveis pelo programa no Moinhos.
