Até o final deste mês, uma equipe de consultoras realiza visitas de diagnóstico nos 52 hospitais públicos de 15 estados do Brasil que integram o projeto Paciente Seguro. A iniciativa, desenvolvida pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), em parceria com o Programa Nacional de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde, está em sua fase final e terá os resultados divulgados em dezembro. O objetivo das avaliações é verificar o avanço na implementação dos protocolos de segurança do paciente e os resultados alcançados.
O Paciente Seguro tem como objetivo qualificar rotinas e implantar protocolos para minimizar riscos, trabalhando com os temas de comunicação efetiva, cirurgia segura, higiene de mãos, segurança de medicamentos, quedas e lesão por pressão. A líder do projeto, Daniela Cristina dos Santos, destaca que, mesmo com a pandemia, são esperados resultados satisfatórios. “Alcançamos avanços importantes nessas unidades. As avaliações parciais já indicam uma diminuição de 21% na prevalência de lesões por pressão em pacientes em unidades piloto. Os indicadores de quedas apontam redução de 72%, e a adesão à higiene de mãos — importante medida para prevenção de infecções relacionadas à saúde — aumentou 56%”, pontua Daniela.
Na última semana, as consultoras visitaram sete hospitais do projeto — entre eles estão o Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves, em Vila Velha, no Espírito Santo. As avaliações serão realizadas até o dia 27 deste mês.
Executado por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), o projeto Paciente Seguro tem como objetivo melhorar a segurança do paciente em hospitais públicos com base no Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). O projeto terá o encerramento nos dias 9 e 10 de dezembro, quando serão divulgados os resultados finais do projeto.
Projeto Paciente Seguro
O tratamento de um problema de saúde e os cuidados assistenciais podem ocasionar danos aos pacientes. Lesões por pressão, conhecidas como escaras, quedas e infecções são alguns eventos adversos comuns. No Brasil, estima-se que 67% dessas situações poderiam ser evitadas.
Para os profissionais dos 52 hospitais participantes, foram disponibilizados nove documentos referenciais, 14 aulas presenciais, 72 vídeos de apoio, 102 ferramentas de apoio à qualidade e 13 jogos físicos abordando as metas internacionais de segurança. Quase dois mil colaboradores das instituições públicas e filantrópicas foram capacitados e quase três mil se envolveram nos projetos de gestão.
PROADI-SUS
O PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde) foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS (Sistema Único de Saúde) por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúne cinco hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.
O PROADI-SUS é mantido com recursos dos hospitais participantes como contrapartida da imunidade fiscal. Para mais informações sobre o Programa e projetos vigentes no atual triênio, acesse: hospitais.proadi-sus.org.br.