Reforma trabalhista na saúde: SINDHOSP negocia com 50 sindicatos de trabalhadores do setor privado de saúde

Um dos mais antigos sindicatos patronais do país, o SINDHOSP – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo está preparado para adaptar-se às mudanças previstas na Reforma Trabalhista, que oferece um novo papel, de maior importância aos sindicatos.

As negociações coletivas podem, com a nova Lei, se sobrepor ao legislado. O SINDHOSP deve negociar este ano com 50 sindicatos de trabalhadores do setor saúde, que somam 600 mil empregados.

Segundo o presidente do SINDHOSP e da FEHOESP – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, o médico Yussif Ali Mere Jr, a nova legislação trabalhista propicia sindicatos fortes com grande poder de negociação. E, ao abolir a contribuição sindical obrigatória, beneficiou as representações de classe que mais serviços e benefícios oferecem à sua categoria.

“Os nossos serviços de saúde certamente estão conscientes da importância da manutenção voluntária dessa contribuição para o SINDHOSP. Somente com recursos, poderemos continuar trabalhando pela melhoria da saúde da população, negociando com os trabalhadores, governos e planos de saúde”, destaca.

Levantamento do departamento jurídico do SINDHOSP, contabilizou no ano passado 11 dissídios coletivos, 102 convenções coletivas de trabalho e negociações com 50 sindicatos de trabalhadores. Os 6 sindicatos de hospitais filiados à FEHOESP, somam 55.463 estabelecimentos no estado de São Paulo.

Para 2018, as previsões indicam o aumento do número de negociações, que incluem as categorias de médicos, psicólogos, farmacêuticos, fisioterapeutas, técnicos de segurança, odontologista, nutricionista, técnico em radiologia, biomédico, enfermeiro,auxiliares de enfermagem, técnico de enfermagem e demais trabalhadores do setor de saúde.

SINDHOSP completa 80 anos

O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo completa 80 anos este ano. Criado em 1938, existe antes mesmo da própria CLT.

O presidente do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, destaca a importante mudança no conceito de hospital nesses últimos 80 anos. Criados como casas de saúde onde doentes terminais esperavam para morrer, hoje os hospitais tornaram-se importantes centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico e tornaram-se instituições com alta resolutividade.

“E foi em grande parte, recursos da iniciativa privada, muitos provenientes das colônias de imigrantes em São Paulo, que propiciaram grande avanço tecnológico e o desenvolvimento de hospitais de ponta, que se equiparam e até superam hospitais de outros países”, observa o médico.

Dos 6.787 hospitais existentes no país, 70% são privados, filantrópicos ou lucrativos. Dois terços dos leitos hospitalares estão na iniciativa privada. E do total, 504 hospitais particulares ficam no estado de São Paulo.

Redação

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