Certificado pelo Projeto Angels em janeiro de 2022, o Hospital Unimed Chapecó (SC) é referência no atendimento a pacientes com AVC (Acidente Vascular Cerebral), correspondendo a padrões de qualidade internacionalmente reconhecidos.
Promovida pelo laboratório Boehringer Ingelheim, de São Paulo. A Iniciativa Angels visa implementar e qualificar centros de AVC em todo o mundo e está presente em mais de 100 países. Com o auxílio de múltiplas estratégias, o projeto objetiva proporcionar assistência médica rápida e eficaz, reduzindo possíveis sequelas.
“O preparo faz com que a equipe identifique o paciente com AVC antes. O paciente é atendido pelo médico em menos de 10 minutos e faz a tomografia em menos de 25 minutos. O objetivo do protocolo no Hospital é realizar o início da medicação o quanto antes”, pontua Dra. Cristiane de Camargo e Silva, médica neurologista cooperada à Unimed Chapecó.
Entregue pelo Projeto Angels após a certificação, a Stroke Bag é um símbolo de reconhecimento ao esforço da equipe do Hospital Unimed Chapecó, que dedica-se ao aprendizado e desenvolvimento constantes. Além disso, a Stroke Bag armazena medicamentos e materiais essenciais ao tratamento de pacientes com AVC, viabilizando maior agilidade, mais conformidade e menor tempo de atendimento.
AGILIDADE QUE SALVA
Segunda maior causa de morte no Brasil, o AVC é a doença mais incapacitante do mundo de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Quando um AVC ocorre, cerca de 1,9 milhão de neurônios morre por minuto, provocando sequelas que podem ser evitadas com um atendimento rápido e eficaz.
“Tive um AVC em 2021”, conta Mário Lunardi (nome fictício), beneficiário da Unimed Chapecó. “Identifiquei os sintomas porque havia visto uma reportagem sobre o assunto há alguns meses. Senti dormência no lado esquerdo do corpo, e logo depois uma dor de cabeça muito forte. Minha esposa me acompanhou até a Unimed, onde fui atendido rapidamente. Em menos de duas horas, estava fazendo o cateterismo”, destaca.
Essencial à saúde e qualidade de vida do paciente, um atendimento ágil reduz possíveis danos. “Cada segundo é importante. Se houver rapidez no atendimento, as chances de sequelas são reduzidas”, ressalta Dra. Cristiane. “Se você ou alguém que conheça estiver com sintomas, não espere melhorar, chame o serviço de urgência imediatamente!”.
Ademais, identificar a causa do AVC é muito importante para prevenir sua recorrência. Em boa parte dos casos, a adoção de hábitos saudáveis ajuda a prevenir reincidências. “Eu era hipertenso e fumante há muito anos. Hoje, faço exercícios regularmente, passei a comer de maneira saudável e parei de fumar. Minha qualidade de vida mudou totalmente, e minha saúde também”, enfatiza Mário.
A VIDA APÓS O AVC
Lento e gradual, o processo de recuperação após um AVC é uma experiência individual para cada paciente. Na maioria dos casos, o período de reabilitação leva cerca de três meses, mas pode se estender por seis meses ou mais.
Além disso, o processo de recuperação impacta diretamente na qualidade de vida dos pacientes, interferindo na mobilidade, na funcionalidade, no conforto, na autoimagem, no humor e no sono. “Levei cerca de um mês para me recuperar completamente”, relembra Mário. “Este tempo foi muito difícil, porque eu nunca tinha parado de trabalhar e me vi parado, com dificuldades para comer, andar e até falar”.
Normalmente, não há como identificar exatamente quais sequelas atingirão um paciente que sofreu um AVC, já que este diagnóstico depende da extensão da lesão e da área cerebral afetada. Pelo mesmo motivo, os tratamentos de reabilitação também apresentam variações, podendo incluir fisioterapia, sessões de fonoaudiologia, terapia ocupacional e tratamento medicamentoso.
“O tratamento de reabilitação foi fundamental para que eu me recuperasse mais rápido. Fui à terapia, fiz fisioterapia e também fiz algumas sessões com a fonoaudióloga, tudo pela Unimed. Todos esses processos me ajudaram muito a voltar a viver, recuperar a autoestima e o desempenho no trabalho”, finaliza Mário.
PASSO A PASSO
- O paciente chega à Unimed Chapecó com sintomas de AVC.
- O paciente é recebido por um profissional de enfermagem, que identifica os sintomas, abre o Protocolo de AVC e comunica o médico plantonista.
- O médico plantonista avalia o paciente e o encaminha à tomografia de crânio. Em seguida, um médico neurologista é contatado.
- O médico neurologista avalia o paciente.
- O paciente recebe o medicamento trombolítico por via endovenosa, que atua na dissolução de trombos ou coágulos sanguíneos. Quando necessário, um cateterismo é solicitado pelo médico neurologista.
- Durante a internação, a causa do AVC é investigada e o paciente inicia a prevenção secundária, que evita reincidências.
- No dia seguinte, o paciente inicia o processo de reabilitação, que pode contar com fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e tratamento medicamentoso.
AVC de A a Z
O que é o AVC?
O AVC – popularmente conhecido como “derrame” – ocorre devido à alteração do fluxo sanguíneo cerebral. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode obstruir vasos sanguíneos (acidente vascular isquêmico) ou causar a ruptura de um vaso sanguíneo específico (acidente vascular hemorrágico).
Quais são os fatores de risco?
- Hipertensão;
- Diabetes;
- Tabagismo;
- Consumo frequente de álcool e drogas;
- Estresse;
- Colesterol elevado;
- Doenças cardiovasculares;
- Sedentarismo.
Quais são os sintomas?
- Dores de cabeça intensas, de início súbito;
- Paralisia, fraqueza ou dormência do corpo e/ou da face;
- Perda súbita da fala ou dificuldade de comunicação;
- Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos;
- Tontura e/ou perda de equilíbrio;
- Alterações na memória;
- Náuseas e vômitos;
- Alterações nos batimentos cardíacos e na frequência respiratória;
- Sonolência;
- Convulsões.
Se identificar os sintomas, aja imediatamente!
Entre em contato com o serviço de saúde mais próximo de você.